Grande parte das unidades frigoríficas permanece encontrando dificuldades em comprar animais prontos para abate, necessitando elevar as suas indicações de preços no mercado físico para estimular a ocorrência de novos negócios, informa nesta quarta-feira (4/10) a S&P Global Commodity Insight.
Segundo a consultoria, em regiões onde há indústrias com oferta de animais garantida por meio de contratos de boi a termo (negociações antecipadas), as operações de abate já avançam para a segunda quinzena de outubro/23, com relatos de abates programados para a primeira semana de novembro.
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No entanto, os frigoríficos de médio e pequeno porte relatam grande dificuldade em “originar” (comprar) boiadas gordas, o que tem encurtado as suas programações de abate.
Tal conjuntura, relata a S&P Global, tem fomentado avanços nas cotações da arroba bovina ao longo desta semana.
Nas praças de São Paulo, os preços do boi gordo renovaram os seus patamares e a tendência de novas altas permanece ativa, estimulada pelo avanço da entressafra e pela estratégia dos produtores em segurar os lotes no campo, à espera de melhores condições de preços.
Em Mato Grosso, apesar dos grandes frigoríficos locais relatarem que suas operações já se encontram programadas com boiada própria e contratos estabelecidos anteriormente, algumas indústrias mato-grossenses necessitaram elevar preços para efetivar novos negócios no mercado spot, observa a S&P Global.
Pelos dados da Scot Consultoria, nas praças paulistas, o boi “comum” (destinado ao mercado interno) está sendo negociado em R$ 230/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 205/@ e R$ 220@, respectivamente (preços brutos e a prazo).
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Mercado Pecuário | Mercado do boi gordo será mais favorável ao pecuarista em outubro?
O “boi-China” (abatido mais jovem, com idade até 30 dias) está cotado em R$ 240/@ no mercado paulista, no prazo, valor bruto – um ágio de R$ 10/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot.
Atacado/varejo – Os movimentos de altas da arroba verificados nas últimas semanas também já começam a refletir nos preços dos principais cortes da proteína bovina.
“Apesar do repasse dos custos da matéria-prima ainda não ocorrer de forma integral, verifica-se uma maior demanda interna perante a estoques mais enxutos nos entrepostos e na cadeia de distribuição, fundamentando cotações em níveis superiores”, informa a S&P Global.
Cotações máximas de machos e fêmeas na quarta-feira, 4/10
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
boi a R$ 239/@ (prazo)
vaca a R$ 219/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 231/@ (à vista)
vaca a R$ 215/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 233/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 204/@ (prazo)
vaca a R$ 184/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 202/@ (à vista)
vaca a R$ 182/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 197/@ (à vista)
vaca a R$ 187/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca R$ 187/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 227/@ (à vista)
vaca a R$ 212/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 225/@ (prazo)
vaca a R$ 202/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 202/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 207/@ (à vista)
vaca a R$ 197/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 201/@ (à vista)
vaca a R$ 180/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 207/@ (prazo)
vaca a R$ 184/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 182/@ (prazo)
vaca a R$ 182/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 202/@ (à vista)
vaca a R$ 187/@ (à vista)
MA-Açailândia:
boi a R$ 190/@ (à vista)
vaca a R$ 185/@ (à vista)