Seguindo caminho contrário do boi gordo, o preço do bezerro continuou em alta em dezembro/24, registrando um incremento de 10,59% na comparação com novembro/24, para R$ 2.519/cabeça, na média Brasil, o maior nível desde julho/22, informa a Agrifatto.
Dessa forma, a relação de troca entre o bezerro de 200 kg e o boi gordo de 20 arrobas recuou no último mês de 2024, com a média nacional do indicador ficando em 2,36 cab./cab., o que significou uma queda de 12,04% sobre novembro/24, acrescenta a consultoria.
No entanto, observa a Agrifatto, apesar do recuo no comparativo mensal, a relação de troca bezerro/boi gordo no Brasil ainda ficou acima da média histórica (+4,17%), indicando que o gasto do recriador/invernista com o animal de reposição continua “menos pesado”, considerando o preço de venda do boi gordo.
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São Paulo em destaque
Em dezembro/24, um dos maiores recuos na relação de troca bezerro/boi gordo foi registrado em São Paulo, onde o indicador fechou o mês em 2,44 cab/cab, com baixa mensal de 17,81%, atingindo o menor patamar desde agosto de 2024, relata a Agrifatto.
Boi magro no mesmo caminho
A relação de troca entre o boi magro e o boi gordo também passou por recuo em todas as praças monitoradas, informa a Agrifatto. A média Brasil deste indicador apresentou queda de 10,06% entre novembro e dezembro de 2024.
Essa baixa ocorreu devido ao movimento de desvalorizações nos preços do boi gordo, enquanto o valor do boi magro continuou em alta na maioria das regiões monitoradas pela Agrifatto, registrando um avanço mensal de 5,26% em dezembro/24, na média Brasil, fechando em R$ 4.123/cabeça, o maior nível desde fevereiro de 2022.
A média brasileira da relação de troca boi magro/boi gordo foi de 1,47 cab./cab. no último mês do ano passado, ficando 1,18% abaixo da média histórica, destaca a Agrifatto.
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Recuo mais forte em Minas
O maior recuo foi observado em Minas Gerais, onde a relação de troca deste indicador caiu 14,12%, fechando em 1,448 cab./cab.
Na avaliação dos analistas da Agrifatto, as valorizações nas cotações do boi magro em dezembro de 2024 sinalizam um retorno do estímulo ao pecuarista para a atividade de engorda mais intensificada.
“A tendência em 2025 e 2026 é um descolamento do movimento de alta da reposição frente à oscilação do boi gordo, com a primeira se antecipando, sentindo a diminuição de oferta antes da segunda”, acreditam os analistas da consultoria.