Com o contrato para julho/24 adentrando já no seu encerramento, os olhares dos operadores do mercado futuro do boi gordo se voltam para os próximos quatro meses do ano, relatam os analistas da Agrifatto, que acompanham diariamente o movimento dos negócios no setor pecuário.
Segundo a consultoria, um fato que vem chamando a atenção nas últimas semanas é o ímpeto que os “investidores institucionais” têm comprado contratos de opções de boi gordo na bolsa de mercadoria B3.
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Na quinta-feira (25/7), as negociações com este perfil atingiram 12,66 mil contratos, o maior volume da história.
“Quando se avalia a posição líquida (futuros + opções), eles (investidores institucionais) são os players que mais estão posicionados para uma alta do boi gordo, já que detêm um saldo comprado de 8,25 mil contratos (futuros + opções), volume 80,77% maior que o registrado pelas “pessoas físicas” (que concentram sua exposição comprada em futuros)”, compara a Agrifatto.
O mercado de opções é uma ferramenta financeira que permite aos produtores de protegerem-se contra a volatilidade dos preços de seus produtos.
Essa ferramenta é particularmente importante para produtores que dependem dos preços de commodities, como milho, soja, boi gordo e outros produtos, que podem sofrer flutuações significativas em curtos períodos de tempo.
“O segundo semestre de 2024 deve reservar grandes movimentações para o boi gordo na B3”, prevê a consultoria.
Dados totais
O volume de contratos em aberto (futuros + opções) voltou a crescer ao longo desta semana, atingindo 127,21 mil contratos, 2,33% a mais que o registrado na semana anterior – o maior patamar desde 26/10/23, de acordo com levantamento da Agrifatto.
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A expansão na negociação de futuros chama a atenção dos analistas da consultoria: atingiram um total de 36,49 mil contratos na última quinta-feira (25/7), 3,75% acima do resultado da semana passada e o maior volume da história.
“Enquanto o volume de contratos em aberto se expande, a pressão negativa que ditava o mercado futuro até semana passada deu lugar a uma relativa estabilidade”, ressalta a Agrifatto.
O contrato mais líquido (outubro/24, pico da entressafra de boiadas alimentadas com capim) registrou variação semanal de 0,33%, com o preço encerrando a última quinta-feira a R$ 241,45/@.