Estudo da Embrapa Gado de Corte, de 2020, foi ajustado e aponta as 10 mais importantes
Por Ariosto Mesquita | Colaborou: Moacir José
Concluído e apresentado em 2020, o estudo “O Futuro da Cadeia Produtiva da Carne Bovina Brasileira – uma visão para 2040” coordenado pela Embrapa Gado de Corte/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) através de um projeto do Centro de Inteligência da Carne (Cicarne), faz uma projeção da atividade para 2040 se utilizando do Método Delphi (e apoio de outras ferramentas, como softwares), que sustenta que as previsões feitas por um grupo de especialistas são mais precisas se comparadas àquelas provenientes de grupos não estruturados ou individuais. Participaram 186 conhecedores que responderam sobre os seguintes temas: Insumos (saúde e genética), Insumos (nutrição e forrageiras), Produção (manejo e gestão), Produção (estrutura), Frigorífico, Consumo, Comercialização e Regulamentação.
O trabalho, com 136 páginas, avalia diversos aspectos para a pecuária brasileira como possibilidades de erradicação de doenças com perdas econômicas, consolidação de terapias alternativas, viabilização da maciez na carne via edição gênica, chegada dos ‘robôs peões’ (em sistema teleguiado para movimentação animal) e o reconhecimento da carne bovina brasileira como de qualidade.
Como resultado efetivo, o estudo apresenta 10 megatendências. Como estes cenários estão vinculados a uma projeção para o ano de 2040, DBO propôs ao coordenador geral do estudo, Guilherme Cunha Malafaia, que fizesse uma projeção do comportamento dessas megatendências para 2030, com base no monitoramento feito pelo Cicarne levando em consideração os avanços obtidos pela bovinocultura de corte brasileira até este início de 2023.
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Para facilitar a compreensão do leitor, o pesquisador classificou cada uma das megatendências de 0 a 10, fazendo algumas considerações e identificando, assim, a ordem crescente de possibilidade da projeção se tornar real ao final dos próximos sete anos. “Não significa que estarão sendo adotadas em baixa, média ou total plenitude. É apenas uma avaliação sobre que estágio de avanço podem chegar em 2030 a partir de um quadro atual”, avisa o cientista.