O Brasil registrou o abate de 7,69 milhões de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária no terceiro trimestre de 2020, queda de 9,5% na comparação com igual período de 2019. Em relação ao segundo trimestre de 2020, houve alta de 4,6%. Os dados fazem parte da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais divulgada nesta quinta-feira (10/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o Instituto, o resultado foi o menor para um terceiro trimestre desde 2016. “A restrição da oferta de animais para abate, principalmente de fêmeas, segue desde o início de 2020. Apesar da retração da atividade na comparação anual, nos meses de julho e agosto houve recordes para a exportação de carne bovina in natura”, informa em nota o órgão. Na comparação mensal, agosto apresentou a maior queda em relação à 2019, com menos 12,4% de cabeças abatidas.
O abate de 806,62 mil de bovinos a menos no 3º trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por reduções em 22 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação acima de 1,0%, as reduções mais significativas ocorreram em Mato Grosso (-116,44 mil cabeças), Minas Gerais (-95,79 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-89,00 mil cabeças), Rondônia (-78,33 mil cabeças), Bahia (-72,51 mil cabeças), Pará (-69,52 mil cabeças), São Paulo (-68,51 mil cabeças), Tocantins (-54,24 mil cabeças), Goiás (-50,47 mil cabeças) e Maranhão (-46,19 mil cabeças). Por outro lado, as maiores variações positivas ocorreram em Santa Catarina (+21,46 mil cabeças) e Rio Grande do Sul (+4,55 mil cabeças).
Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 18,4% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,1%) e São Paulo (10,5%).
Fonte: IBGE