A Emater informa que nos últimos dias tem buscado ajudar as prefeituras de municípios do Rio Grande do Sul a desobstruir o acesso às propriedades para que a ração chegue às criações.
É o caso do município de Marques de Souza, onde o extensionista rural Diovane Ferreira relata que a empresa compõe uma frente de trabalho com a prefeitura e empresas integradoras para acessar pequenas granjas de suínos e aves, que estavam isoladas e incomunicáveis.
“Os produtores estão dando um jeito de racionar e fornecer alimentos alternativos para manter os animais vivos”, diz Ferreira, em nota distribuída pela Emater.
Continue depois da publicidade
Durante a primeira semana após os alagamentos, o racionamento da ração estocada garantiu baixa taxa de mortalidade, informa.
VEJA TAMBÉM | Agroindústrias do RS poderão comercializar produtos de origem animal para outros Estados
A frente de trabalho conseguiu levar mais alimento a 27 granjas, que juntas alojam cerca de 1 milhão e meio de aves, para o corte e a produção de ovos. Entre as famílias afetadas diretamente no município, outras 23 criam suínos, totalizando mais de 29 mil cabeças, diz.
Conforme a Emater, a frente de trabalho ajudou a amenizar a falta de ração, mas ainda há problemas de fornecimento.
“A alimentação que vinha de Arroio do Meio, a 25 quilômetros de Marques de Souza, agora é fornecida por fábricas de Marau, Nova Bassano e até de Santa Catarina. Por isso, enfrentam estradas obstruídas e longas distâncias para chegar até os produtores.”
Continue depois da publicidade
Fornecer ração para as vacas de leite também se tornou um desafio no município. “Nesta semana, a frente de trabalho passou a atender 40 propriedades, lindeiras com o Rio Forqueta, que transbordou e causou deslizamentos”, contou na nota. Ferreira destaca preocupação quanto à produção de leite no município: “Já está ocorrendo desistência da atividade. Produtores com perdas estão vendendo o que sobrou”, lamenta.