Nesta quarta-feira (12), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da plenária “O futuro da energia global”, do Fórum de Investimentos Prioridade 2024, promovido pelo Instituto da Iniciativa de Investimentos Futuros (FII Institute), no Rio de Janeiro (RJ).
O FII Institute é uma fundação global sem fins lucrativos que conta com recursos do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF, na sigla em inglês), cujos ativos somam US$ 925 bilhões em investimentos.
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O evento tem foco em promover discussões sobre alternativas de investimento em áreas como transição energética sustentável e avanços em tecnologia e inovação, além de inclusão social e temas importantes para a construção de uma nova ordem global que priorize a dignidade para todos.
Na ocasião, o ministro Fávaro apresentou como uma oportunidade de investimento aos empresários árabes o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Foi exposto que a iniciativa brasileira visa contribuir com a segurança alimentar e nutricional do planeta e o enfrentamento às mudanças climáticas.
“A ideia surgiu quando o presidente Lula me convidou para coordenar o plano da campanha eleitoral. A gente queria propor ao agronegócio brasileiro algo contemporâneo, moderno e eficiente”, pontuou Fávaro. “Um estudo da Embrapa mostrou que o caminho era a recuperação de pastagens degradadas. Identificamos 40 milhões de hectares que podem ser incorporados ao sistema produtivo sem derrubar uma árvore. O que significa isso? Dá para dobrar a produtividade brasileira sem derrubar uma árvore se quer”, explicou.
Revista DBO | É preciso conceituar degradação
Foi detalhado também que o Programa foi construído com o viés da sustentabilidade e que entre as estratégias está trazer cada vez mais investimento do exterior para fomento da iniciativa.
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Relembrou que no início de maio foram assinados atos com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) para apoio o programa de recuperação de áreas degradadas.
Também foi apontado por Fávaro que é determinação do presidente Lula a retomada da relação com parceiros do comércio exterior. “É um dos feitos o reestabelecimento das boas relações diplomáticas. Isso reflete nas aberturas de mercados. As relações comerciais se ampliaram muito neste ano, veja o resultado da balança comercial”. Desde o início do governo, já foram abertos 145 novos mercados em 51 países.
Fávaro destacou, ainda, a parceria com a Arábia Saudita. “Estive na Arábia Saudita, junto com o vice-presidente Geraldo Alckmin, e me encontrei com o ministro do Investimento árabe. Esta é a terceira visita que faço a pedido do presidente Lula, nesses 500 dias de governo. A evolução da parceria e da relação bilateral fortalecida é evidente. Tivemos a formalização da participação de fundos árabes e empresas de proteína animal brasileira, tanto para produzir aqui no Brasil como para levar essa proteína para lá. Isso garante crescimento em oportunidades na nossa economia e na deles. Esta é uma boa parceria que vamos fortalecer”.