Sediada na cidade paranaense de Laranjeiras do Sul, a Romancini, referência no fornecimento de equipamentos de contenção, está empregando um consistente foco em frentes estratégicas do seu negócio com o objetivo de ganhar mercado e seguir elevando o nível de qualidade do seu portfólio e do atendimento prestado aos pecuaristas.
Uma das principais empreitadas em curso está relacionada com a atuação internacional da empresa, cujo plano traçado prevê a inauguração de filiais em mercados estratégicos da América do Sul, como Uruguai e Paraguai. Segundo a CEO da companhia, Lú Romancini, neste momento, essa agenda está sendo respaldada por uma cuidadosa pesquisa de mercado, que visa o pleno entendimento das necessidades e objetivos locais, bem como definir a localização mais estratégica para a instalação das bases da empresa nestes referidos países.
Outra movimentação que merece destaque diz respeito ao plano de sucessão familiar que está em andamento na companhia e que prevê preparar Lú Romancini para assumir o controle integral da empresa no futuro. Atualmente, a missão de liderar todas as engrenagens de uma das mais tradicionais fornecedoras da pecuária é realizada em parceria com o seu pai, Luiz Carlos Romancini, fundador da empresa e que hoje tem seu foco mais direcionado ao setor de produção e qualidade.
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Esse processo de sucessão contou com seus primeiros passos em 2016, com a chegada de Lú Romancini à empresa, quando seu pai sentiu a necessidade de preparar um sucessor e a convidou para se juntar a ele nesta caminhada. E quanto ao prazo para a finalização desse processo, não há pressa para que isso aconteça, como eles mesmos relataram em recente palestra que ambos ministraram no último Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), realizado no final de outubro, na capital paulista, e que foi acompanhada pela reportagem do Portal DBO. “Tudo está sendo feito por etapas e com o devido respaldo jurídico”, contou Lú Romancini.
Tamanha precaução é totalmente compreensível. Hoje, a Romancini é uma das marcas mais lembradas da pecuária e detém uma ampla estrutura, com filiais nas cidades de Goiânia (GO), Cuiabá (MT) e Uberaba (MG). Também emprega 250 funcionários, envolvidos na produção e comercialização de 2 mil equipamentos de contenção por ano. Nesta seara comercial, a propósito, a empresa tem dispensado grande foco para promover sua mais recente inovação, a Linha Super, feita especialmente para animais de grande porte e dotada de importantes mecanismos que conferem conforto e segurança para os animais e aos operadores. A tecnologia está disponível em duas versões: manual ou automático.
O pilar de inovação da Romancini, vale observar, é fortemente nutrido por uma iniciativa da empresa, batizada de Romancini Realiza, que financia projetos de pesquisa de instituições renomadas, tais como a Estação Experimental da UFRGS e o Centro de Ciência para Neutralidade Climática da Pecuária de Corte (NeutroPec), do Instituto de Zootecnia do Estado de São Paulo.
Possui ainda parcerias estratégicas para o aprimoramento dos seus equipamentos com a ABCZ, FAZU (Faculdades Associadas de Uberaba), Fazenda Conforto, Grupo Zamora e Fortuna da Pecuária.
A origem de tudo
Quando jovem, Luiz Carlos Romancini tinha dois profundos desejos: ter a sua própria empresa e uma fazenda. Hoje, com 72 anos, ele relata com brilho no olhar a alegria por ter conquistado os dois objetivos. “É por isso que o nosso slogan é ´De pecuarista para pecuarista’”, lembrou o empreendedor, em entrevista para o Portal DBO.
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É possível considerar que a Romancini começou do jeito certo: dando um primeiro passo certeiro para aproveitar a primeira oportunidade que surgiu. Isso aconteceu em 1973, quando ele construiu o seu primeiro “tronco”, desafiado por um pecuarista da própria cidade que, não mais desejando conter seu rebanho com cordas, estava à procura de alguma estrutura que pudesse imobilizar seus animais com mais segurança. Nesta ocasião, Luiz Carlos era marceneiro e contou com o auxílio do seu pai, que possuía uma pequena ferraria.
“Recentemente, tivemos o relato de que até hoje esse equipamento está em operação [na Fazenda Alto Iguaçú]”, orgulha-se, com toda a razão.
“A partir daí, tomei gosto pelo negócio. Eu fazia um tronco e saía para vender nas exposições e eventos agropecuários da região. Em muitos locais eu levava um álbum com fotos do único modelo que eu fabricava. Nessa época, o equipamento de contenção não era muito conhecido e era preciso apresentá-lo aos pecuaristas e ensiná-los como usar”, conta Luiz. “Poucos anos depois, dei meu segundo passo, em 1977, abrindo minha própria oficina, já com a marca Romancini. Comecei com a capacidade de fazer entre quatro ou cinco equipamentos por mês e, hoje, é muito gratificante ver o quanto progredimos.”