A desaceleração econômica da China e o grande impacto nos mercados agrícolas globais

Crise no gigante asiático pode sinalizar um desafio prolongado para a agricultura mundial atrelada ao consumo chinês, alerta reportagem da Bloomberg

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Armazéns em toda a China estão abarrotados de grãos à medida que uma crise econômica cada vez mais profunda se instala no país, deixando os agricultores do mundo lutando contra a perspectiva de uma desaceleração duradoura afetando um de seus maiores clientes, relata reportagem da Bloomberg que circula nos sites internacionais do setor agrícola.

Segundo a matéria, a tensão nos mercados globais já está aparecendo: “As exportações de cevada francesa para a China estão caindo e os EUA ainda não venderam uma carga completa de milho para a nova temporada”, exemplifica o texto, que continua: “Os produtores de trigo na Austrália provavelmente ficarão nervosos enquanto se preparam para começar a colher sua nova safra nas próximas semanas”.

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Essa desaceleração pode sinalizar um desafio prolongado para a agricultura global atrelada ao consumo da China.

Enquanto isso, diz o texto da Bloomberg também reproduzido pelo portal norte-americano Pro Farmer, as autoridades chinesas enfrentam uma pressão crescente para acelerar o estímulo fiscal e monetário para atingir a meta de crescimento de 5% para 2023, após a maior desaceleração na produção industrial desde 2021.

Dados recentes revelaram consumo e investimento mais fracos do que o esperado, além de um declínio acentuado nos preços dos imóveis.

O Banco Popular da China sinalizou sua intenção de priorizar o combate à deflação e sugeriu mais flexibilização monetária.

Não atingir a meta do PIB pode prejudicar a confiança na economia, com investidores estrangeiros já retirando uma quantia recorde de dinheiro da China no segundo trimestre, relatou a reportagem da Bloomberg.

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Segundo o texto, os bancos de investimento também cortaram as previsões do PIB da China. O Goldman Sachs e o Citigroup reduziram suas projeções anuais para o crescimento econômico da China para 4,7%.

“A atividade econômica fraca em agosto aumentou a atenção sobre a lenta recuperação econômica da China e destacou a necessidade de mais medidas de estímulo para sustentar a demanda”.

O Goldman Sachs, continua o texto, manteve sua previsão para o crescimento do PIB da China em 2025 em 4,3%. O Citigroup cortou sua previsão para o fim do ano de 2025 para o crescimento do PIB da China de 4,5% para 4,2% devido à falta de grandes catalisadores para a demanda doméstica.

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