Revista DBO | Metabolômica está chegando

Nova tecnologia busca resolver uma antiga questão do setor pecuário: qual é a melhor genética para cada ambiente?

Por Denis Cardoso

O termo “metabolômica” ainda pode soar estranho aos ouvidos de muitas pessoas, mas, no futuro próximo, tal expressão tende a ganhar maior popularidade em diferentes segmentos de atuação – incluindo o setor pecuário. Na área da medicina humana, por exemplo, pipocam hoje no mundo científico milhares de estudos metabolômicos de indivíduos que buscam identificar precocemente alterações no metabolismo que permitam o diagnóstico precoce (ou seja, ainda na esfera molecular) de patologias como o câncer, mal de Alzheimer, diabetes e doenças cardiovasculares.

Pietro Baruselli, professor da FMVZ/USP

“Trata-se de uma tecnologia emergente e promissora, que, provavelmente, representará uma verdadeira quebra de paradigma no campo da ciência mundial, com ampla aplicação também na medicina veterinária”, acredita o médico veterinário Pietro Baruselli, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.

O grande interesse pela metabolômica levou a equipe da USP, liderada por Baruselli, a se engajar em uma pesquisa pioneira no Brasil, que busca validar o uso dessa nova ferramenta a partir de uma série de experimentos e mensurações realizados em 190 touros jovens (11 meses de idade) pertencentes à Sino Agropecuária, de Uberaba (MG), uma das parceiras do projeto – o experimento também conta com a participação da empresa Ionvet, a detentora e executora do novo modelo tecnológico, e braço pecuário da IonMedicine, startup sediada em São Paulo e responsável pelos testes metabolômicos em humanos.

Antes de entrar nos detalhes sobre o projeto na Sino, é preciso compreender melhor os motivos de tanto entusiasmo da equipe de veterinários da FMVZ-USP em relação à interferência futura da metabolômica nos trabalhos de seleção genética. Primeiramente, apenas para contextualizar, a metabolômica faz parte das chamadas tecnologias “ômicas”, que se desenvolveram a partir dos anos 1990, englobando também a genômica (genes), a transcriptômica (mRNA), a proteômica (proteínas) e a lipidômica (gorduras).

Dito isto, o “pulo do gato” relacionado ao emprego da metabolômica na atividade pecuária é que a técnica permite o monitoramento das funções dos genes e a posterior identificação, por meio do perfil metabólico (análises de metabólitos previamente selecionados) do estado bioquímico de um animal em resposta a mudanças genéticas e ambientais. Em outras palavras: quando se trabalha com análises metabolômicas tem-se um diagnóstico do fenótipo bioquímico dos animais, que é o processo mais próximo do fenótipo final dos animais (genótipo mais interação com o ambiente).

Para continuar lendo é preciso ser assinante.

Faça já sua assinatura digital da DBO

Leia todo o conteúdo da DBO a partir de R$ 12,70 por mês.

Invista na melhor informação. Uma única dica que você aproveite pagará com folga o valor da assinatura.

Já tem uma assinatura DBO?
Entre na sua conta e acesse a Revista Digital:

Este post está disponível apenas para membros.

Continue depois da publicidade

Nova tecnologia busca resolver uma antiga questão do setor pecuário: qual é a melhor genética para cada ambiente?

Por Denis Cardoso

O termo “metabolômica” ainda pode soar estranho aos ouvidos de muitas pessoas, mas, no futuro próximo, tal expressão tende a ganhar maior popularidade em diferentes segmentos de atuação – incluindo o setor pecuário. Na área da medicina humana, por exemplo, pipocam hoje no mundo científico milhares de estudos metabolômicos de indivíduos que buscam identificar precocemente alterações no metabolismo que permitam o diagnóstico precoce (ou seja, ainda na esfera molecular) de patologias como o câncer, mal de Alzheimer, diabetes e doenças cardiovasculares.

Pietro Baruselli, professor da FMVZ/USP

“Trata-se de uma tecnologia emergente e promissora, que, provavelmente, representará uma verdadeira quebra de paradigma no campo da ciência mundial, com ampla aplicação também na medicina veterinária”, acredita o médico veterinário Pietro Baruselli, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.

O grande interesse pela metabolômica levou a equipe da USP, liderada por Baruselli, a se engajar em uma pesquisa pioneira no Brasil, que busca validar o uso dessa nova ferramenta a partir de uma série de experimentos e mensurações realizados em 190 touros jovens (11 meses de idade) pertencentes à Sino Agropecuária, de Uberaba (MG), uma das parceiras do projeto – o experimento também conta com a participação da empresa Ionvet, a detentora e executora do novo modelo tecnológico, e braço pecuário da IonMedicine, startup sediada em São Paulo e responsável pelos testes metabolômicos em humanos.

Antes de entrar nos detalhes sobre o projeto na Sino, é preciso compreender melhor os motivos de tanto entusiasmo da equipe de veterinários da FMVZ-USP em relação à interferência futura da metabolômica nos trabalhos de seleção genética. Primeiramente, apenas para contextualizar, a metabolômica faz parte das chamadas tecnologias “ômicas”, que se desenvolveram a partir dos anos 1990, englobando também a genômica (genes), a transcriptômica (mRNA), a proteômica (proteínas) e a lipidômica (gorduras).

Dito isto, o “pulo do gato” relacionado ao emprego da metabolômica na atividade pecuária é que a técnica permite o monitoramento das funções dos genes e a posterior identificação, por meio do perfil metabólico (análises de metabólitos previamente selecionados) do estado bioquímico de um animal em resposta a mudanças genéticas e ambientais. Em outras palavras: quando se trabalha com análises metabolômicas tem-se um diagnóstico do fenótipo bioquímico dos animais, que é o processo mais próximo do fenótipo final dos animais (genótipo mais interação com o ambiente).

Para continuar lendo é preciso ser assinante.

Faça já sua assinatura digital da DBO

Leia todo o conteúdo da DBO a partir de R$ 12,70 por mês.

Invista na melhor informação. Uma única dica que você aproveite pagará com folga o valor da assinatura.

Já tem uma assinatura DBO?
Entre na sua conta e acesse a Revista Digital:

Este post está disponível apenas para membros.
Gostou? Compartilhe:
Destaques de hoje no Portal DBO

Cadastre-se de gratuitamente na Newsletter DBO:


    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    São Paulo - SP

    Máx.

    --

    Min.

    --

    --

    Chuva

    --

    Vento

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Newsletter

    Jornal de Leilões

    Os destaques do dia da pecuária de corte, pecuária leiteira e agricultura diretamente no seu e-mail.

    Continue depois da publicidade

    Vaca - 30 dias

    Boi Gordo - 30 dias

    Fonte: Scot Consultoria

    Vaca - 30 dias

    Boi Gordo - 30 dias

    Fonte: Scot Consultoria

    Continue depois da publicidade

    Encontre as principais notícias e conteúdos técnicos dos segmentos de corte, leite, agricultura, além da mais completa cobertura dos leilões de todo o Brasil.

    Encontre o que você procura:

    Pular para o conteúdo