OUÇA 🎧 | Cinco dicas para a melhor transição seca-chuvas

Ajudar os animais a sair de uma condição de ambiente para outra é fator de maior rentabilidade do negócio

Continue depois da publicidade

Saber manejar as pastagens e suplementar adequadamente as várias categorias bovinas é o suficiente. Contudo, os produtores devem estar atentos a determinadas circunstâncias e ter consciência do que acontece com o rebanho nesse período.

Quem chama a atenção é Lucas Barbosa Kondratovich, zootecnista, mestre em nutrição ruminal e consultor técnico da Connan Nutrição Animal.

Continue depois da publicidade

O especialista analisa que os ganhos de desempenho do gado com uma transição correta só trarão benefícios e lucro.

Foto: Divulgação

OUÇA 🎧 o comentário de Lucas Barbosa

1. Qualidade de água – Deve-se priorizar a limpeza de bebedouros na frequência necessária. Para cada lote, ter água limpa e à vontade é fundamental para estimular o consumo de alimentos e manter a saúde do rebanho.

É preciso evitar o fornecimento do mineral em cacimbas, onde ocorrerá excesso de acúmulo de matéria orgânica e decorrente proliferação de bactérias, principalmente no período em questão, quando começa a chover.

Continue depois da publicidade

2. Crescimento do capim – É importante não deixar o gado espalhado pelos piquetes da fazenda. Cuidar do manejo das pastagens em geral, nesse momento, é importante para restabelecer o estande forrageiro.

Ter cuidado com a estrutura de formação do pasto no início das chuvas é importantíssimo. Evitando que ele fique rapado demais se mantém o respeito ao tempo necessário para que suas plantas evoluam e voltem a produzir satisfatoriamente.

Piquetes com superpastejo também produzem o rebrote rápido com folhas tenras e de alta digestibilidade, ocasionando alta taxa de pastagem. Porém, isso pode prejudicar o desempenho dos animais.

O ideal é roçar o pasto com muita sobra de talos, ajudando a recompor o estande das plantas mais rapidamente e com maior qualidade nutricional. É comum sobrar talos de panicum e andropogon durante a seca, mas eles vão apresentar dificuldades de rebrote e ajuste posterior na altura de manejo.

3. Transição dos suplementos – Lotes recebendo suplementação com ureia merecem atenção quando se iniciam as chuvas. Recomenda-se a drenagem dos cochos por meio de furos nas laterais para evitar o empossamento de água e, consequentemente, casos de intoxicação.

A transição para a suplementação adequada ao período deve se dar, preferencialmente, de forma gradual, misturando os dois suplementos durante uma semana e, somente após, aquele indicado à estação.

Mas se a logística não permitir, o ideal é realizar a troca no início das águas, lembrando de preservar o espaçamento de cochos necessário para atender todo o rebanho, na média 40cm por cabeça.

O uso de suplementação aditivada nessa época é vantajoso para maior aproveitamento das pastagens e aumento do desempenho. É comum que haja redução no consumo de suplementos no início das chuvas devido à preferência do gado por consumir os brotos de capim.

4. Ilusão de desempenho – É comum ver os animais ganhando muito peso nessa fase de transição, mesmo com suplementos de menor consumo. Esse ganho é chamado de “ganho compensatório”.

Contudo, trata-se de um ganho de peso correspondente ao aumento de vísceras e do conteúdo gastrointestinal de animais que sofreram restrição alimentar na seca. Eles passaram por consequente redução de metabolismo e de volume de suas vísceras, para economia de energia e sobrevivência em ambiente com baixa oferta de nutrientes.

Assim, no período chuvoso pode-se realizar um manejo de condicionamento com o uso de suplemento de consumo superior ou no mínimo igual para que haja recuperação metabólica e retorno do tamanho das vísceras ao porte de normalidade.

Dessa forma, a recuperação dos animais é acelerada e eles conseguirão aproveitar ao máximo a pastagem na época das chuvas, quando ela se apresenta com melhor condição nutricional.

5. Controle sanitário de ectoparasitas – Com a chegada das chuvas, o ambiente fica mais propício a infestação por carrapatos, bernes e moscas que podem comprometer o desempenho dos animais. Raças de origem europeia merecem cuidados redobrados. Realizar um controle estratégico é importante para manter os bons ganhos do período.

OUÇA MAIS 🎧

Na gôndola de capim está o que você precisa

O melhor capim é aquele que a fazenda já tem; confira 5 passos para escolher

ILP e ‘boi safrinha’ apoiam pecuária em ciclo de baixa

Seis ações para diminuir prejuízos na desmama

Seis alvos de atenção para sobreviver ao ciclo de baixa da pecuária

Colocando o ‘boi-China’ no seu devido lugar

Pecuária de corte: principais erros cometidos na seca começaram nas águas

Se vai terminar, fique atento às fontes de proteína na sua região

Confinando no menor intervalo de tempo possível

Sete passos para a promoção do melhoramento animal

Gostou? Compartilhe:
Destaques de hoje no Portal DBO

Cadastre-se de gratuitamente na Newsletter DBO:


    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    clima tempo

    São Paulo - SP

    max

    Máx.

    --

    min

    Min.

    --

    017-rain

    --

    Chuva

    008-windy

    --

    Vento

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Newsletter

    Newsletter

    Jornal de Leilões

    Os destaques do dia da pecuária de corte, pecuária leiteira e agricultura diretamente no seu e-mail.

    Continue depois da publicidade

    Vaca - 30 dias

    Boi Gordo - 30 dias

    Fonte: Scot Consultoria

    Vaca - 30 dias

    Boi Gordo - 30 dias

    Fonte: Scot Consultoria

    Continue depois da publicidade

    Encontre as principais notícias e conteúdos técnicos dos segmentos de corte, leite, agricultura, além da mais completa cobertura dos leilões de todo o Brasil.

    Encontre o que você procura: