O leve crescimento de oferta de bovinos terminados em confinamento e a preocupação com o clima seco e irregularidades climáticas resultaram em uma maior quantidade de gado ofertado na última semana, principalmente no Norte do Brasil, informa a Agrifatto.
Com isso, continua a consultoria, os frigoríficos pressionaram para baixo os preços em algumas regiões e a média nacional das programações de abate encerrou a sexta-feira (10/11) em 9 dias úteis, 1 dia de avanço no comparativo semanal.
Segundo a Agrifatto, com o aumento da demanda interna pela carne bovina, resultado do maior poder de compra sazonal da primeira quinzena do mês, o preço da carcaça casada valorizou no atacado.
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“A expectativa é que os preços (da proteína) voltem a subir nas próximas semanas, com a continuação da demanda interna mais aquecida, puxada também pelas proximidades das festividades de final de ano, em conjunto com o recebimento do 13º”, prevê a Agrifatto, que acrescenta:
“A dúvida, porém, é se isso vai se traduzir em melhora de preços do boi gordo, afinal os frigoríficos não têm tido dificuldades de manter as escalas preenchidas”.
Com isso, diz a consultoria, a situação dos frigoríficos brasileiros é confortável, já que a margem bruta com a venda da carcaça casada vem avançando novamente em novembro/23.
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“Enquanto a média do boi gordo nesta primeira quinzena de novembro/23 ficou em R$ 233,18/@, a carcaça casada encontra-se em R$ 238,25/@, 2,17% maior”, relata a Agrifatto.
De acordo com os analistas, existe facilidade de compra de matéria prima (boiada gorda) e a venda do principal subproduto (mas não único) já dá retornos positivos.
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“Ou seja, há espaço para a indústria pagar mais pelo animal terminado, mas só irá fazê-lo se tiver dificuldades nas compras”, observa a Agrifatto.
Na B3, apesar da recuperação na última semana, as cotações futuras do boi gordo ainda enfrentam resistência para ultrapassar a casa dos R$ 243.
No entanto, afirma a Agrifatto, apesar da última semana ter sido marcada com poucos negócios no mercado do boi gordo na B3, os contratos voltaram a subir.
A maior valorização foi registrada no vencimento para fevereiro/24, que avançou 2,3% e fechou a sexta-feira em R$ 239,50/@, enquanto que o vencimento para novembro/23 foi o que teve a valorização mais tímida, de 1 %.
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Em relação ao setor de insumos, diz a Agriffato, a relação de troca boi/milho (considerando os contratos futuros na B3) continua a chamar a atenção, principalmente de fevereiro/24 para frente, chegando a bater 3,43 sc/@ em maio/24 – valor 7,74% abaixo da média histórica do mercado físico.
Tal movimento, afirma a consultoria, pode resultar em dificuldades nos termos de trocas para o pecuaristas ao longo do segundo trimestre de 2024.