Anuário DBO | Que pecuária teremos em 2030?

Aplicação de tecnologias deverá incrementar vários indicadores, de rebanho a áreas degradadas que serão recuperadas

Por Ariosto Mesquita | Colaborou: Moacir José

Forte intensificação para maior produção de carne em espaços menores, com ampliação do uso de tecnologias; avanço no uso de insumos e de soluções digitais; adoção de modelos sustentáveis e um enorme desafio em reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE), para atender ao mercado interno; ampliar e qualificar as exportações.

Certamente, o (a) leitor(a) já ouviu falar em muitos destes tópicos como necessários para o avanço da pecuária brasileira. E, em resumo, é o que se desenha (e está em curso) para a atividade em 2030, segundo avaliações de especialistas e pesquisadores ‒ além projeções de estudos científicos ‒ consultados por DBO.

O que se verá ao longo desta matéria serão projeções que ilustram esse avanço. Por exemplo: as áreas de integração da pecuária com lavoura e floresta deverão ocupar 35 milhões de hectares em 2030, 75% mais do que hoje. Mais áreas de pastos degradados (entre 7 e 13 milhões de hectares) serão reformadas, com uma oferta maior de gramíneas de cultivares híbridas de braquiária com espécies mais produtivas e resistentes.

E o rebanho seguirá crescendo, podendo chegar a 260 milhões de cabeças, 25% mais sobre a estimativa que aponta 207 milhões atualmente. A pecuária de corte brasileira será mais tecnificada e absorverá, pelo menos, 33% mais recursos de crédito rural do que hoje, passando de R$ 27 bilhões para R$ 36 bilhões em 2030.

Como consequência natural de tudo isso, nossa produção de carne bovina deverá se aproximar das 13 milhões de toneladas, quase 2 milhões a mais do que as 11,4 m.t. recordes atingidas em 2022. O consumo interno seguirá majoritário e a exportação seguirá ganhando terreno, com a China ainda sendo nosso maior comprador, ainda que com uma fatia menor (42%) do que a excessivamente elevada (61%) de hoje.

O grande desafio será o da redução da emissão de gases de efeito estufa (GEEs), sobretudo o metano, emitido em sua maior parte pelos bovinos. Aumento de rebanho significa maior número de animais emitindo o gás. Neste sentido, a “briga” será fazer prevalecer o conceito de emissão por unidade de produto. E nesse quesito o Brasil pode avançar mais, produzindo proporcionalmente mais carne em relação ao metano emitido.

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Certamente, o (a) leitor(a) já ouviu falar em muitos destes tópicos como necessários para o avanço da pecuária brasileira. E, em resumo, é o que se desenha (e está em curso) para a atividade em 2030, segundo avaliações de especialistas e pesquisadores ‒ além projeções de estudos científicos ‒ consultados por DBO.

O que se verá ao longo desta matéria serão projeções que ilustram esse avanço. Por exemplo: as áreas de integração da pecuária com lavoura e floresta deverão ocupar 35 milhões de hectares em 2030, 75% mais do que hoje. Mais áreas de pastos degradados (entre 7 e 13 milhões de hectares) serão reformadas, com uma oferta maior de gramíneas de cultivares híbridas de braquiária com espécies mais produtivas e resistentes.

E o rebanho seguirá crescendo, podendo chegar a 260 milhões de cabeças, 25% mais sobre a estimativa que aponta 207 milhões atualmente. A pecuária de corte brasileira será mais tecnificada e absorverá, pelo menos, 33% mais recursos de crédito rural do que hoje, passando de R$ 27 bilhões para R$ 36 bilhões em 2030.

Como consequência natural de tudo isso, nossa produção de carne bovina deverá se aproximar das 13 milhões de toneladas, quase 2 milhões a mais do que as 11,4 m.t. recordes atingidas em 2022. O consumo interno seguirá majoritário e a exportação seguirá ganhando terreno, com a China ainda sendo nosso maior comprador, ainda que com uma fatia menor (42%) do que a excessivamente elevada (61%) de hoje.

O grande desafio será o da redução da emissão de gases de efeito estufa (GEEs), sobretudo o metano, emitido em sua maior parte pelos bovinos. Aumento de rebanho significa maior número de animais emitindo o gás. Neste sentido, a “briga” será fazer prevalecer o conceito de emissão por unidade de produto. E nesse quesito o Brasil pode avançar mais, produzindo proporcionalmente mais carne em relação ao metano emitido.

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