Grupo agropecuário de Mato Grosso do Sul obtém 100% de suas novilhas e touros melhoradores por meio de transferência de embriões em tempo fixo (TETF)
Por Ariosto Mesquita
Os números impressionam. Em 2023, foram 8.934 transferências de embriões a fresco, de um total de 10.465 produzidos, com índice de prenhez confirmada após 60 dias de 43,9%. Para 2024, a meta é atingir 10.000 transferências com resultado ainda melhor. Até final de setembro, a prenhez média estava na casa de 54%. Em 2024, a projeção é entregar 700 machos e 800 novilhas ao mercado, chegando, até 2026, a 1.000 touros e 1.000 fêmeas/ano. Esta é a ambiciosa empreitada da Nelore JMP, grupo agropecuário de Mato Grosso do Sul que aceitou o desafio de tocar um dos maiores projetos brasileiros de transferência de embriões em tempo fixo (TETF), visando à produção de novilhas e touros melhoradores.
O trabalho executado pela JMP na estação de 2023 representou, sozinho, mais de 50% dos dados de TETF do mais recente relatório (18º) do Grupo Especializado em Reprodução Aplicada ao Rebanho de Corte (Gerar Corte), ligado à Zoetis, que funciona como uma espécie de termômetro da reprodução induzida de bovinos no País. “Não deve ser nada fácil fazer tantas transferências. Isso se chama Brasil”, disse José Luiz Moraes Vasconcelos (o Zequinha), professor da Unesp-Botucatu (SP) e tutor do Gerar, durante reunião em Ponta Porã (MS), em agosto deste ano.