Afecções podais são o segundo maior problema sanitário nos confinamentos do Brasil e do Canadá, causando prejuízos ao pecuarista e ao bem-estar animal. A saída é prevenir.
Por Maristela Franco
Pouco gente se dá conta disso, mas as doenças de casco são o segundo maior problema sanitário nos confinamentos do Brasil, perdendo apenas para o complexo de infecções respiratórias. Segundo o Benchmarking da Foco Consultoria, especializada em saúde animal, dos 69.462 bovinos medicados nas 40 unidades de engorda que participaram do levantamento em 2022, 50% apresentavam pneumonia e 20%, problemas de casco.
Em outro país, o Canadá, com sistema de produção bem diferente (confinamento de taurinos pós-desmama), um estudo conduzido pelo Lethbridge Research Center, em Alberta, apresentou resultados semelhantes. Durante oito anos (2005 a 2013), pesquisadores da instituição mapearam ocorrências sanitárias em 26 confinamentos comerciais (total de 445.876 cabeças no período), constatando que 37% dos tratamentos registrados decorriam de infecções nos membros locomotores, problema que, em terras canadenses, a exemplo do Brasil, ficou atrás apenas das doenças respiratórias (57,7%).