Revista DBO | UE aperta o cerco aos antibióticos na produção animal
Nova legislação do bloco proíbe a importação de carne de países que não seguem suas regras a partir do segundo semestre. França antecipa veto para abril.
Antibióticos são usados para melhorar o desempenho dos animais.
Por Renato Villela
Uma nova legislação sobre o uso de antimicrobianos na produção animal, aprovada na União Europeia, no dia 28 de janeiro, deve impactar diretamente os produtores brasileiros. Promulgada pelo Parlamento Europeu em 2018, a Regulação 2019/6 ratifica a proibição de antibióticos melhoradores de desempenho ao mesmo tempo em que proíbe o uso dos medicamentos de forma profilática, exceto em circunstâncias excepcionais, para administração a número restrito de animais.
Ainda segundo a resolução, os antibióticos “só podem ser usados para fins de metafilaxia quando o risco de disseminação de uma infecção ou de uma doença infecciosa no grupo de animais for elevado e não existirem alternativas disponíveis adequadas”.
O teor da nova legislação não chega a surpreender. O conjunto de medidas reforça a postura da UE, que tem apertado o cerco contra o uso dessa categoria de insumos na produção animal. Antibióticos melhoradores de desempenho, por exemplo, são proibidos desde 1996 na Europa, assim como os beta-agonistas e os anabolizantes hormonais. O que há de novo no front e tem causado rebuliço no setor é o artigo 118 da resolução, que estabelece a reciprocidade das regras ao estendê-las para “animais ou produtos de origem animal exportados para a União Europeia”. Trocando em miúdos, o texto diz que os europeus somente comprarão carne de países que obedecerem as mesmas normas impostas ao mercado doméstico.
A resolução já entrou em vigor, mas ainda não em sua totalidade. Os países europeus estão “internalizando” as novas regras de acordo com sua legislação, o que ainda deve levar alguns meses. A França, no entanto, já se antecipou e publicou um decreto no dia 22 de fevereiro proibindo a entrada da carne de animais tratados com antibióticos melhoradores de desempenho. O país não é um grande importador da carne bovina brasileira, mas sua decisão pode influenciar outros mercados. Os franceses deram dois meses para que seus fornecedores se adequem às novas regras. A proibição passa a valer a partir do dia 22 de abril.
Para continuar lendo é preciso ser assinante.
Faça já sua assinatura digital da DBO
Leia todo o conteúdo da DBO a partir de R$ 12,70 por mês.
Nova legislação do bloco proíbe a importação de carne de países que não seguem suas regras a partir do segundo semestre. França antecipa veto para abril.
Antibióticos são usados para melhorar o desempenho dos animais.
Por Renato Villela
Uma nova legislação sobre o uso de antimicrobianos na produção animal, aprovada na União Europeia, no dia 28 de janeiro, deve impactar diretamente os produtores brasileiros. Promulgada pelo Parlamento Europeu em 2018, a Regulação 2019/6 ratifica a proibição de antibióticos melhoradores de desempenho ao mesmo tempo em que proíbe o uso dos medicamentos de forma profilática, exceto em circunstâncias excepcionais, para administração a número restrito de animais.
Ainda segundo a resolução, os antibióticos “só podem ser usados para fins de metafilaxia quando o risco de disseminação de uma infecção ou de uma doença infecciosa no grupo de animais for elevado e não existirem alternativas disponíveis adequadas”.
O teor da nova legislação não chega a surpreender. O conjunto de medidas reforça a postura da UE, que tem apertado o cerco contra o uso dessa categoria de insumos na produção animal. Antibióticos melhoradores de desempenho, por exemplo, são proibidos desde 1996 na Europa, assim como os beta-agonistas e os anabolizantes hormonais. O que há de novo no front e tem causado rebuliço no setor é o artigo 118 da resolução, que estabelece a reciprocidade das regras ao estendê-las para “animais ou produtos de origem animal exportados para a União Europeia”. Trocando em miúdos, o texto diz que os europeus somente comprarão carne de países que obedecerem as mesmas normas impostas ao mercado doméstico.
A resolução já entrou em vigor, mas ainda não em sua totalidade. Os países europeus estão “internalizando” as novas regras de acordo com sua legislação, o que ainda deve levar alguns meses. A França, no entanto, já se antecipou e publicou um decreto no dia 22 de fevereiro proibindo a entrada da carne de animais tratados com antibióticos melhoradores de desempenho. O país não é um grande importador da carne bovina brasileira, mas sua decisão pode influenciar outros mercados. Os franceses deram dois meses para que seus fornecedores se adequem às novas regras. A proibição passa a valer a partir do dia 22 de abril.
Para continuar lendo é preciso ser assinante.
Faça já sua assinatura digital da DBO
Leia todo o conteúdo da DBO a partir de R$ 12,70 por mês.
Preços dos animais terminados registraram estabilidade, refletindo o baixo consumo doméstico de carne bovina neste período crítico do ano para o “bolso” dos brasileiros
Nós utilizamos cookies para melhorar a sua experiência de navegação de acordo com a nossa Política de Cookies. Você poderá aceitar, rejeitar ou definir as suas preferências clicando em uma das opções.
Este site usa cookies para melhorar a sua experiência enquanto navega pelo site. Destes, os cookies que são categorizados como necessários são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados em seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de cancelar esses cookies. Porém, a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.
Os cookies funcionais ajudam a realizar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a fornecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre as métricas do número de visitantes, taxa de rejeição, origem do tráfego, etc.
Os cookies de publicidade são usados para fornecer aos visitantes anúncios e campanhas de marketing relevantes. Esses cookies rastreiam os visitantes em sites e coletam informações para fornecer anúncios personalizados.
Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o funcionamento adequado do site. Esses cookies garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site, de forma anônima.
Encontre as principais notícias e conteúdos técnicos dos segmentos de corte, leite, agricultura, além da mais completa cobertura dos leilões de todo o Brasil.