Doença já é transmitida dentro do rebanho; Colômbia suspendeu importações do país e autoridades tentam mostrar que não há risco para consumo humano.
Por Denis Cardoso
No dia 25 de março/24, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou o primeiro registro de gripe aviária (H5N1) em uma vaca leiteira nos EUA. Desde então, mais de 30 casos foram contabilizados pelas autoridades locais, acendendo um sinal de alerta na cadeia pecuária norte-americana e colocando em xeque a segurança da carne bovina.
Quase ao mesmo tempo, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA emitiu comunicado confirmando que uma pessoa no Texas havia testado positivo para gripe aviária H5N1, após entrar em contato com gado leiteiro suspeito de estar infectado. Embora tenha sido um caso clínico leve (apenas inflamação nos olhos/conjuntivite), tal acontecimento também ocasionou uma onda de preocupação entre os agentes envolvidos com a bovinocultura norte-americana.
No começo de abril/24, o respeitado analista Simon Quilty abriu a sua apresentação durante a conferência anual da Australian Wagyu Association dizendo que, a partir de agora, a H5N1 recebeu um novo título: “Vírus da gripe bovina”. “Este não é um vírus específico das aves, que se espalha para o gado por acaso. As novas descobertas são de que a doença está sendo transmitida de bovino para bovino, daí o novo nome”, disse Quilty, em reportagem publicada pelo portal australiano Beefcentral.com.