Estudo da USP comprova maior eficiência em IATF da tecnologia em relação ao material genético que passa pelo método de congelamento
Índice de gestação com essa tecnologia pode obter resultados bem próximos dos alcançados com sêmen convencional.
Embora muitas fazendas de gado de corte tenham interesse pelo uso de sêmen sexado congelado, nem todas conseguem levar o projeto à frente, pois esse tipo de material genético exige mudanças no manejo habitual da inseminação artificial em tempo fixo (IATF), além de apresentar resultados de prenhez inferiores aos obtidos com o sêmen convencional (10% a 20% menos). Tudo isso porque o processo de separação de células (cromossomo X ou Y) para definição do sexo-alvo da progênie, somado ao próprio congelamento do sêmen à temperatura de 196 ºC negativos, provoca alguns danos morfológicos e de motilidade/vigor nos espermatozoides, reduzindo o índice de prenhez.
Um estudo científico conduzido em fazendas comerciais da região Centro-Oeste mostrou, contudo, que é possível reduzir esses problemas substituindo-se o sêmen sexado “congelado” pelo “refrigerado” a 15-20 ºC. No experimento, essa tecnologia garantiu índice de concepção bem próximo da obtida no grupo controle (sêmen convencional congelado).
“Trata-se de um trabalho muito importante, que pode representar um divisor de águas no uso de sêmen sexado na pecuária de corte”, sentencia o médico veterinário Pietro Sampaio Baruselli, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP). O experimento em questão faz parte de uma tese de doutorado concluída neste ano pelo orientando de Pietro na FMVZ, o médico veterinário Gabriel Crepaldi, que, atualmente, exerce a função de diretor comercial da ST Repro/ Sexing Technologies, central de genética com sede em Indaiatuba (SP).
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