Embrapa propõe modelos de ILP e IPF para melhorar projetos de cria e recria de novilhas Nelore
Por Luciano Bastos Lopes – Médico Veterinário e pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT)
Segundo um velho vaqueiro que conheci, fazenda não é lugar para peão preguiçoso, nem para prosa fiada. E não é que o dedicado matuto tinha razão? Em roda de conversa jogada fora, constantemente surgem recomendações milagrosas para a vacada ou roça de milho, e, convenhamos, um bom conselho pode ser valioso. Mas é bom lembrar um velho ditado: “cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém”. Obviamente, não devemos desprezar o vasto conhecimento popular, mas não nos esqueçamos: se determinada sugestão for apenas um palpite, é conversa para boi dormir.
Por falar em boi, que tal associarmos o embasamento científico à produção sustentável de bovinos de corte? Afinal de contas, a ciência pode nos libertar de paradigmas herdados pelas gerações que nos antecederam. Oportunamente, estamos vivenciando o processo de verticalização da pecuária em busca de maiores produtividades, nos familiarizado cada vez mais com a presença de sensores, drones e dispositivos controlados por inteligência artificial nas fazendas. Definitivamente, não há mais espaço para sistemas essencialmente extrativistas, extensivos e com baixa adoção de tecnologias.