Criado em 1994 pela CRV, programa de melhoramento comemora 30 anos, hoje como uma associação de criadores com números e projeções robustas.
Por Carolina Rodrigues
O Paint, um dos maiores programas de melhoramento genético do País, completa 30 anos em 2024 com planos audaciosos: ampliar o uso de touros jovens nos rebanhos parceiros, elevando a distribuição de sêmen desta categoria de 20.000 para 30.000 doses nos próximos quatro anos; aumentar o número de matrizes avaliadas (hoje na casa das 100.000) e, até o final deste ano, atualizar seu índice de seleção, que não sofre alterações desde 2018. As projeções de Wellington Luiz Alves de Souza (o Bino), atual presidente da associação que coordena Paint, são compatíveis com sua bem-sucedida trajetória.
Criado em 1994, pela CRV (à época Lagoa da Serra), o “Programa de Avaliação e Identificação de Novos Touros” sempre teve por objetivo, como indica seu nome, testar e promover o a genética precoce no Brasil, para encurtar o intervalo entre gerações. O Paint foi o primeiro programa multifazendas autorizado a emitir o Certificado Especial de Identificação e Produção (CEIP) para animais da raça Nelore no País, tornando-se um dos gigantes neste segmento, com 1,3 milhão de animais avaliados ao longo de 30 anos, com 25,5 milhões de fenótipos medidos.
Em 2020, o programa passou a ser gerido pela Associação Paint (composta por criadores), o que permitiu sua emancipação e novos saltos. O número de matrizes inscritas subiu de 70.000 para 105.000 e o material genético do programa, antes restrito à CRV, passou a ser comercializado por mais nove centrais de inseminação, dentre elas Alta, Semex, AG Brasil e Zebu Fértil. O número de touros jovens com sêmen distribuído, antes na casa dos cinco por safra, hoje chega a 25.