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Nossos assuntos | Sem receita de bolo, ILP emplaca os 40

Por Demétrio Costa

Das tantas mudanças na pecuária que DBO acompanhou e ajudou a difundir nas últimas quatro décadas, uma delas merecedora de inúmeras reportagens é a do avanço dos sistemas integrados, especialmente o de lavoura-pecuária.

No levantamento da Rede ILPF, a dobradinha boi e grãos está presente, hoje, em 16,1 milhões de hectares, representando 83% do total de 19,4 milhões de hectares com algum tipo de integração envolvendo lavoura, pecuária e floresta.

Nesta edição, trazemos na reportagem de capa, de Ariosto Mesquita, personagens e marcos desta revolução sustentável da agropecuária nacional. Personagens como os holandeses Krijn Wielemaker e Ake Bernhard van der Vinne que se instalaram em terras da região de Maracaju, MS, na década de 70 e na década de 80 já eram protagonistas de iniciativas de efetiva integração lavoura-pecuária, na rotação boi – soja com plantio direto na palha. Hoje, aos 78, Wielemaker já transferiu a maior parte das tarefas para os sucessores, enquanto van der Vinne segue com lavoura e gado no ciclo completo como sempre teve, agora com cerca de 1 mil cabeças.

Neste ano, também se completam 40 anos do lançamento do sistema Barreirão, o primeiro dos 11 que a Embrapa já validou como ferramentas para o avanço da integração em diferentes condições e regiões. Uma síntese com a particularidade de cada um desses sistemas faz parte do conjunto de matérias do Especial ILP da DBO de outubro, que abrange, ainda, a relação de forrageiras mais indicadas e artigo do especialista Adilson Aguiar sobre os ajustes na formação e manejo indispensáveis nas pastagens para integração.

Entre outros destaques da edição, reportagem de Moacir José traz a avaliação de analistas de mercado sobre a megaoperação Marfrig – Minerva envolvendo a transferência de 16 frigoríficos da primeira para a segunda, em negócio de R$ 7,5 bilhões. Com a transação ainda pendente de aprovação do Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, a Minerva assumirá 11 plantas da Marfrig no País (as outras são de fora), tornando-se o segundo maior grupo frigorífico nacional, com capacidade de abate de 22 mil cabeças/dia contra 32 mil da JBS/Friboi. Até onde essa forte concentração poderá mexer no mercado? A conferir.

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