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Nossos assuntos | Pastos vistos do alto, o novo degrau tecnológico

Por Demétrio Costa

Imagens de drone ou de satélite, trabalhadas por softwares, estão abrindo um novo patamar tecnológico para a pecuária a pasto, com vantagens incomparáveis em relação às réguas de medição de altura do capim e avaliações visuais de volume e qualidade da massa forrageira.

O recurso dos algoritmos, com sua capacidade de analisar grandes quantidades de dados, reconhecer padrões e oferecer diagnósticos de alta acurácia, promete suprir uma carência importante do pecuarista na hora de definir a lotação e o período ideal de pastejo.

É disso que trata a reportagem de capa, de Renato Villela, que abre o novo Especial Pastagens da DBO de novembro.
Um dos sistemas apresentado é o Deméter, coordenado pelo professor Leandro Martins Barbero, da Universidade Federal de Uberlândia (MG), que usa drones e está sendo validado em cerca de 100 fazendas, com lançamento comercial previsto para o próximo ano.

Com os drones voando a 50 – 60 metros de altura, dia nublado não é problema, como no caso de imagens por satélite. Usando aparelho com autonomia de até 1,5 hora, Barbero estima poder coletar imagens de uma fazenda de 10 mil hectares num único dia. De sua parte, a consultoria Exagro, de Belo Horizonte (MG), que atende fazendas em todo o País, optou pelo uso de imagens de satélite.

O diretor Mário Garcia admite a interferência das condições atmosféricas, mas afirma que como o satélite passa sobre as mesmas áreas a cada cinco dias é possível formar um banco de imagens que permite prever a oferta de forragem para os períodos de tempo nublado. O sistema já está em uso em 280 fazendas assessoradas pela Exagro.

Em outro case, na Fazenda Primavera, em Santo Antônio do Aracanguá, no Oeste paulista, o emprego de drones já é comum na agricultura de precisão e agora também começa a ser utilizado na formação de pastos. A operação de semeadura é mais rápida, econômica e a pastagem é considerada mais uniforme.

Entre outros destaques, o Especial Pastagens mostra como os sistemas integrados ditam o rumo do mercado de sementes e indica a importância de estratégia de longo prazo para eliminar o capim capeta. Além disso, traz artigo do consultor Adilson Aguiar demonstrando como a correção e adubação de pastos vale a pena, mesmo em contextos difíceis como agora.

Tem alguma sugestão ou informação nova?  Por favor, me escreva no e-mail: demetrio@revistadbo.com.br

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