Projetos de intensificação de cria, por meio de confinamento de vacas paridas, pedem protocolo sanitário mais robusto, para garantir a saúde de mães e filhos.
Por Renato Villela
Antes restrita a grandes projetos, a intensificação da cria por meio do confinamento de vacas vem ganhando espaço também entre pequenos produtores, que passaram a apostar no ciclo completo. Motivos não faltam. Produzir o próprio bezerro reduz a exposição às oscilações de mercado e possibilita levar a boa genética até o cocho. Já o confinamento das vacas aumenta a produção de bezerros por hectare. Esse sistema, porém, traz um maior desafio sanitário, especialmente para os recém-nascidos, sujeitos a doenças que podem comprometer seu desempenho futuro ou até mesmo provocar sua morte.
O veterinário Paulo Prohmann, que acompanha projetos de intensificação de cria conduzidos por associados da Cooperativa Maria Macia, em Campo Mourão (PR), é testemunha disso. Quando os confinamentos de vacas começaram quatro anos atrás, os produtores adotaram o mesmo protocolo sanitário da cria tradicional. Não deu certo. “Tivemos de ajustá-lo, porque os desafios, tanto para as matrizes quanto para os bezerros confinados, são bem maiores. Hoje, temos um cronograma sanitário robusto, semelhante ao do gado de leite”, afirma.