Por muito tempo, as fêmeas foram menosprezadas na terminação, mas essa realidade está mudando. Em alguns projetos, elas têm dado lucro até maior do que o dos machos.
Por Moacir José
Um dos principais paradigmas da pecuária – a superioridade dos machos em relação às fêmeas na terminação – já não parece tão sólido como antes. Nos últimos anos, o número de produtores que engorda novilhas cresceu exponencialmente no País. Nessa “guerra dos sexos”, elas têm sido, muitas vezes, vitoriosas em termos de lucratividade.
Um estudo de fôlego, realizado pela Agência Paulista de Tecnologias dos Agronegócios (Apta), unidade de Colina (SP), entre 2020 e 2022, mostrou que as fêmeas têm três pontos a seu favor: podem ser adquiridas por preços mais baixos; desempenham melhor no cocho hoje do que no passado, se bem alimentadas, e, podem receber ágios altos quando direcionadas ao mercado de carne premium, que tem dado preferência às novilhas.