Confira os destaques da seção ‘Giro Rápido’ da Revista DBO de novembro
PMGZ reestrutura índice de seleção
A ABCZ tem trabalhado na apresentação do novo iABCZ , que, a partir do o 2º semestre de 2024, passará a contemplar duas importantes características: área de olho de lombo (AOL) e acabamento de carcaça (ACAB) como critério de seleção dos animais dentro de seu Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ).
Da nova versão, foram retirados percentuais de ponderação das características de crescimento e idade ao primeiro parto, pois as DEPs de AOL e ACAB permitem classificar os animais, além de peso, para composição corporal e precocidade. Ainda está em estudo, por sugestão dos próprios criadores, extinguir o Total Materno na Desmama (TMD) e usar unicamente a característica Peso na Fase Materna – Efeito Materno (PM-EM), com ponderação de 10% no índice.
Prevenção à Vaca Louca
O Mapa abriu consulta pública para aprovação das diretrizes do Programa Nacional de Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB), doença conhecida popularmente como mal da vaca louca. As diretrizes do programa consistem em medidas oficiais de prevenção e vigilância para manutenção do risco insignificante de EEB no País. Os objetivos do PNEEB são prevenir a entrada da EEB clássica no Brasil, implementar um sistema de vigilância para detecção de eventuais casos e evitar a difusão (chamada de reciclagem) do agente da doença no rebanho nacional.
Aplicativo contra a aftosa
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), do Rio Grande do Sul, apresentou um aplicativo que permite simular casos e planejar atuação para controle de focos de aftosa. A ferramenta faz parte do programa MHASpread, desenvolvido pela Universidade da Carolina do Norte (NCSU).
O modelo foi montado com dados reais do rebanho no RS e simulações realizadas por técnicos da Seapi sobre possível atuação em casos reais, conforme orientação da Organização Mundial de Saúde Animal. O projeto é fruto de um convênio entre a instituição norte-americana, a Seapi e o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), iniciado em 2019.
Morre, no Paraná, o criador José Alfredo Silveira Bovo
Faleceu, no dia 11 de outubro, o pecuarista e defensor da carne de qualidade do Paraná, José Alfredo Silveira Bovo. Suas fazendas (Guaraúna, Três Minas e Perdigão II), todas no Estado, fizeram história pelo uso de tecnologias como eficiência no manejo de pastagens, genética, confinamento, produção de volumosos e animais com melhor potencial de carcaça.
Seu trabalho foi retratado por DBO, em outubro de 2020, e, reconhecido pelo Prêmio Orgulho da Terra, honraria concedida pelo Grupo RIC, IDR-Paraná, Iapar, Emater e Sistema Ocepar, em 2021. O velório e o sepultamento ocorreram em Umuarama, na presença de amigos e dos dois filhos, Franciele e Elton Zafanelli Silveira, que cuidam dos negócios do pai. Bovo era diretor da Sociedade Rural de Umuarama.
CAR sob nova direção
A gestão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) no governo Lula será feita pela Secretaria Extraordinária para a Transformação do Estado, do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), em articulação com o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Inicialmente, o plano do governo federal era deixar o CAR integralmente no MMA. Após pressão da bancada ruralista, o cadastro foi deslocado para o MGI.
A nova diretoria do CAR no MGI será responsável por fazer a gestão do cadastro em âmbito federal, como a infraestrutura pública digital necessária; adotar as medidas administrativas e tecnológicas para dar acessibilidade e transparência aos dados públicos do cadastro ambiental rural.
Carne bovina conquista novos mercados
O Brasil deu passos importantes em outubro, no que diz respeito à abertura de mercados para a carne bovina. A República Dominicana habilitou 55 plantas frigoríficas para exportação, tornando-se o primeiro país caribenho a habilitar frigoríficos do Paraná, após o reconhecimento do Estado, pela OMSA, como livre de febre aftosa sem vacinação.
Outro mercado a ser aberto em 2024, de acordo com o ministro da Agricultura, é o da Coreia do Sul, para onde o Brasil já exporta carne de frango, mas quer avançar com as carnes bovina e suína. O Mapa também anunciou, em nota conjunta com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), um acordo de “pre-listing” com Cuba, que reconheceu a equivalência de sistemas de inspeção sanitárias para exportações brasileiras, incluindo produtos como lácteos, carnes suína, de aves e bovina.
Juntos pela Amazônia
O Fundo JBS pela Amazônia apresenta o programa JUNTOS: Pessoas + Florestas + Pecuária, nova iniciativa de apoio ao pequeno produtor de gado de corte na região. Em parceria com a empresa Rio Capim Agrossilvipastoril, o programa estima mais do que dobrar a renda do produtor, considerando toda a propriedade. Nas áreas intensificadas, a rentabilidade pode aumentar em até seis vezes. A proposta também prevê uma cadeia rastreada desde a origem e com compliance ambiental.
O primeiro Estado a receber o programa será o Pará. “A ideia é ter hubs [centros] de negócios que deem suporte ao pequeno produtor na reforma de pastagem e acesso a tecnologias para melhoria de produtividade, por meio de técnicas agrossilvipastoris”, informou a empresa.
Delta G quer “traduzir” genômica no biênio 2023/2025
A nova diretoria da Conexão Delta G quer intensificar o uso da genômica no biênio 2023/2025, apostando em uma linguagem mais clara e simplificada para o consumidor de genética. “Da porteira para dentro, nosso trabalho é bastante delicado e detalhado. É difícil passar isso para nossos clientes, que são os usuários finais da genômica”, diz a atual presidente Clarissa Lopes Peixoto.
Ela objetiva, nos dois anos que tem à frente da entidade, ampliar o uso da genômica e capitanear novos “conectados”, utilizando meios de comunicação e redes sociais para mostrar o impacto desta tecnologia nos rebanhos. Segundo ela, é preciso “traduzir” a genômica para que haja adesão.