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Giro Rápido: fique por dentro das novidades da pecuária

Confira os destaques da seção ‘Giro Rápido’ da Revista DBO de março

Foto: Divulgação / FriGol

Frigol atualiza QR Codes para maior rastreabilidade

A Frigol deu mais um passo importante rumo à rastreabilidade. Em atualização recente, a empresa passou a compartilhar dados de rastreabilidade com o consumidor final via QR Code, que mostra, inclusive, de qual bioma brasileiro o gado veio, com informações consolidadas pela startup Ecotrace via tecnologia blockchain. O objetivo da Frigol é “traçar” o caminho do boi até a gôndola do supermercado, informando o bioma onde estão localizados seus fornecedores diretos (bois para abate).

Atualmente, a empresa atua na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. A Frigol é signatária do TAC da Pecuária Sustentável no bioma Amazônia e foi a primeira indústria frigorífica do País a implementar, em julho de 2023, o Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado no Cerrado.

Venda de sêmen tem saldo negativo em 2023

O mercado de inseminação artificial sofreu nova baixa em 2023, segundo resultados do Index Asbia/Cepea, divulgados em uma live no dia 22 de fevereiro. O número de doses de sêmen comercializadas no mercado interno (cliente final, menos doses exportadas, mais prestação de serviços) foi de 24.250.104, recuo de 3,5% na comparação com 2022 (25.147.652 doses). Em declarações à DBO no início do ano, o presidente da Asbia, Nelson Eduardo Ziehlsdorff, disse que a tendência é de recuperação já para o primeiro trimestre de 2024, fruto de uma sinalização de melhora no mercado das centrais e parceiros.

Novos Estados podem exportar carne para o Canadá

A Agência Canadense de Inspeção Alimentar (CFIA), após negociações com o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, autorizou as novas regiões do País reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como livres de febre aftosa sem vacinação a exportar carne bovina para o Canadá. As discussões bilaterais avançaram após a reunião anual do Codex Alimentar, em Roma, no ano passado.

Foram incluídos na lista quatro Estados (Acre, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia), além de 14 municípios do Amazonas e cinco de Mato Grosso. Essa medida possibilitará ao Brasil ampliar suas exportações para o Canadá, que já importou US$ 39 milhões em carne bovina brasileira em 2023 (8.192 t), 18% a mais do que em 2022.

Pecuária paraense perde Bené Mutran, um de seus grandes representantes

Foto: Reprodução

Faleceu, em 1º de março, um dos grandes nomes do Nelore nacional – Bené Mutran –, titular da Fazenda Cedro, tradicional criatório do Pará que carrega inúmeros títulos em exposições agropecuárias e uma história de peso em leilões que movimentaram o cenário da pecuária seletiva entre 1990 e 2000. Bené chegou a ter um plantel de 10.000 matrizes PO (puras de origem) em duas propriedades e conciliava a seleção genética com a produção de oleaginosas no Estado.

Ao lado do pai, Benedito Mutran, fundou, em 1996, a Benedito Mutran & Cia (marca BMNuts), tornando-se exportador de castanha do Pará para países como EUA, Inglaterra, Alemanha, Austrália, Nova Zelândia e Holanda. Bené morreu em decorrência de uma queda do prédio onde morava, em Belém, capital paraense. Ele deixa a esposa e três filhos.

Sorgão Gigante é alternativa eficaz para reforma e períodos críticos

Um modelo produtivo que prioriza a genética, garante alimentação para o gado o ano inteiro e possibilita reformar pastagens a baixo custo atraiu quase 400 pessoas de sete Estados brasileiros para o 1º Dia de Campo da Fazenda Flamboyant, realizado em 17 de fevereiro, no município de Santa Rita do Araguaia (GO).

A propriedade, do Grupo Lageado, nas últimas três safras reservou cerca de 100 ha/ano para o cultivo de Sorgão Gigante consorciado com braquiárias, visando produzir volumoso (até dois cortes/ano) para seu sistema de confinamento de recria e terminação, além de garantir um pasto novo de qualidade. “Este trabalho permite reformar a fazenda inteira em cinco anos”, conta Fernando Drago, zootecnista do grupo. Segundo ele, em 530 ha, a Flamboyant mantém um rebanho médio anual de 2.040 cabeças, das quais 1.100 são vacas paridas e prenhes.

ABCZ defende isenção de ICMS para pecuaristas

 

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) solicitou ao governo federal um regime tributário diferenciado de ICMS para a cadeia pecuária bovina, incluindo na categoria de insumos também os produtos relacionadas à genética, como matrizes, reprodutores, gametas e embriões.

A medida, segundo a entidade, objetiva evitar um aumento nos custos de produção do setor, com consequente elevação nos preços da carne e do leite para o consumidor. Conforme a ABCZ, o risco de oneração excessiva não se limita à área da genético, mas abrange também outros aspectos da produção pecuária, como a alimentação do rebanho e máquinas agrícolas, dentre outros insumos.

Lei do Pantanal incita debate

Entrou em vigor, em 19 de fevereiro, a Lei 6160, popularmente chamada de Lei do Pantanal. Trata-se, no entanto, de uma lei restrita a Mato Grosso do Sul, que abriga 65% da área do bioma. Os demais 35% ficam fora de sua alçada, pois pertencem ao Estado de Mato Grosso, que conta com uma legislação à parte (PL 561/2022), sancionada em 04 de agosto de 2022, porém, ainda sem regulamentação.

“Entendemos, contudo, que, por se tratar de uma lei do Pantanal, ela deveria atender todo o bioma, sem limite entre Estados”, defende Francisco de Sales Manzi, diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Indagado se o setor vai trabalhar pela unificação das normas, o dirigente é cauteloso: “Por hora, estamos aguardando a regulamentação da lei estadual”. A legislação sul-mato-grossense é extensa e restritiva, mas maleável. Permite, por exemplo, o cultivo de forrageiras, mas restringe confinamentos às estruturas já existentes ou quando as condições climáticas demandam, como em períodos de cheias.

Nenê Silveira tem sua trajetória retratada em livro

A história de vida do Professor Antônio Carlos Silveira, ou simplesmente Nenê Silveira, ganhou uma obra exclusiva, escrita pela jornalista Mara Campo, sob o título “Nenê Silveira, o olhar que transformou a bovinocultura de corte no Brasil”. Considerado o “pai” do Novilho Precoce, um dos projetos mais bem sucedidos do mundo no fomento à melhoria da produção por meio da bonificação de carcaças, Nenê dedicou sua vida a buscar uma saída para encurtar o longo ciclo da produção pecuária brasileira.

Durante sua carreira, desenvolveu tecnologias que ajudaram a mudar o patamar de produtividade da pecuária brasileira, incluindo o creep feeding, a silagem de milho úmido e os modelos nutricionais para confinamento, visando abate precoce.

O prefácio do livro foi escrito por Antônio Chaker, coordenador do Instituto Inttegra. O lançamento ocorreu durante o evento “Boi que Deixa Dinheiro”, organizado pela consultoria que Silveira coordena com dois filhos e um sócio, em Cuiabá, MT.

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