Em sua coluna, o professor titular da FMVZ-USP Enrico Ortolani fala sobre esta doença, que é caracterizada por uma grave lesão na parede do intestino delgado; CONFIRA!
Por Enrico Ortolani – Professor titular de Clínica de Ruminantes da FMVZ-USP (ortolani@usp.br)
Diz uma velha frase popular: “Como eu era feliz e não sabia!”. No começo do confinamento no Brasil, na década de 70, o ganho de peso era muito modesto (no máximo 800 g/cab/dia); o uso de concentrados diminuto, pois importávamos milho, mas o emprego de volumosos baratos era quase total. Embora a boiada ganhasse pouco peso, o custo com alimentação era muito baixo e as doenças nos engordados eram quase inexistentes.
Com o tempo, esse quadro mudou: o ganho de peso se tornou cada vez maior, a quantidade de concentrados energéticos na dieta acompanhou essa toada, o tamanho dos confinamentos cresceu de forma assustadora e os animais passaram a ser comprados de locais cada vez mais distantes. Os problemas sanitários aumentaram pra valer e muitas doenças até então desconhecidas surgiram nesse novo cenário, dentre elas a “enterotoxemia”, mais corretamente chamada de enterite necro-hemorrágica (ENH), nosso tema de agora.