O zootecnista Adilson Aguiar demonstra como a correção e a adubação de pastagens vale à pena, mesmo em contextos difíceis como agora.
Por Adilson de Paula Almeida Aguiar – Zootecnista, professor em cursos de pós-graduação da Rehagro, da Fazu e da Faculdade de Gestão e Inovação (FGI); consultor associado Consultoria e Planejamento Pecuário (Consupec), de MG, e investidor nas atividades de pecuária de corte e leite.
Uma das vantagens de somar anos à nossa vida é que alguns “filmes” já foram vistos e já se conhece o final. Um desses “filmes” é o contexto de aumento nos preços dos adubos quando os ativos da pecuária estão desvalorizados como ocorreu em 2022, ou de queda na cotação do insumo, também em momento de baixa do ciclo pecuário, como em 2023.
Há exatamente um ano escrevi um artigo para o Especial de Pastagens 2022, intitulado “Correção e adubação de solos de pastagens em um contexto de altos preços dos fertilizantes e queda de preços da arroba” com o objetivo de apresentar estratégias para viabilizar economicamente o uso desta tecnologia naquele cenário. Apresentei essas estratégias naquela edição e outras três subsequentes, totalizando quatro artigos (novembro e dezembro de 2022, março e abril de 2023).
Meu objetivo, agora, é avaliar a viabilidade econômica da tecnologia de correção e adubação de solos ocupados por pastagens em um contexto de “baixos” preços de fertilizantes e queda no valor da arroba de boi gordo. Um ano atrás, o pecuarista questionava a viabilidade econômica da tecnologia, alegando que os preços dos adubos estavam muito altos. Em 2023, mesmo com redução na cotação destes insumos, ele continua reclamando, dizendo que a arroba caiu demais, atingindo um dos menores valores das últimas três décadas.