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Capim-capeta: a pandemia dos pastos

Presença da invasora cresce no Brasil e exige estratégia de longo prazo

Área com alta infestação, onde já não se vê a forrageira plantada para pastejo do gado.

Por Larissa Vieira

A cigarrinha era praticamente o único problema que o pecuarista paraense Ubiratan Lessa Novelino Filho enfrentava nas pastagens de suas duas propriedades, as fazendas Madressilva e Benfica, localizadas no município de Benevides, a 30 km da capital do Pará. Tudo mudou há três anos, quando identificou uma infestação grande do capim-capeta, cujo nome científico é Sporobolus spp.

“Foi tudo muito rápido, como em um piscar de olhos. Mesmo mantendo minhas pastagens bem adubadas, vários pontos nas duas fazendas, que são vizinhas, já apresentavam o capim [apelidado por alguns de ‘capim-pt’]”, lembra Ubiratan.

A primeira tentativa de eliminar o problema foi feita com a aplicação de glifosato, mas a planta daninha voltou a brotar em grande quantidade por todo o pasto, tanto nas áreas de mombaça quanto de tangola e humidícola.

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