Grupo, que engorda 95.000 cabeças/ano em Mato Grosso, contratou empresa especializada para garantir conformidade socioambiental dos bezerros que adquire.
Por Ariosto Mesquita
Rastrear os chamados fornecedores indiretos (aqueles que vendem bezerros, garrotes ou bois magros para recriadores e/ou terminadores) tem sido uma “pedra no sapato” dos frigoríficos, obrigados, nos últimos anos, a garantir não apenas a “conformidade” dos animais que abatem, mas também que estes não passaram por áreas com passivos socioambientais em etapas anteriores de sua vida (cria e recria), uma tarefa difícil, dado o tamanho da operação industrial.
Já se vê, contudo, um movimento de grandes terminadores, como o Grupo Bom Futuro, de participar desse processo. Desde março, o gigante agrícola mato-grossense (que também atua na pecuária) vem monitorando ativamente seus fornecedores e deixando de comprar de propriedades com embargos ou na lista do trabalho escravo. Na prática, está rastreando os “indiretos” para os frigoríficos, pelo menos no que diz respeito ao gado que compra para engorda.