Evento bianual realizado pela Apta, em Colina (SP), recebeu 2.543 inscritos para aprender mais sobre a técnica e outras estratégias importantes para a pecuária.
Por Renato Villela
Vinte anos atrás, quando começaram as pesquisas com Terminação Intensiva a Pasto (TIP), os produtores ficaram ressabiados, devido à ousadia da proposta: fornecer ração aos animais na pastagem, em quantidade equivalente à do confinamento (2% do peso vivo). Porém, a julgar pelo interesse que essa técnica desperta, como mostrou o 4º BeefDay, realizado dia 14 de agosto, pela Apta de Colina (SP), sua tendência é crescer. Um levantamento da empresa Ponta Agro, especializada em gestão e automação na engorda intensiva, apontou aumento significativo da participação da TIP no total de animais acompanhados pela empresa, que foi de 5% em 2019, para 15% em 2023.
Durante o BeefDay – que recebeu 2.543 inscritos, inclusive estrangeiros (Bolívia, Paraguai e Panamá) –, o pesquisador Flávio Dutra, diretor da unidade, ministrou a palestra “TIP: o que aprendemos em 20 anos”, na qual fez uma breve retrospectiva das pesquisas que impulsionaram a técnica, quebrando paradigmas e pavimentando o caminho para a criação de conceitos como o rendimento do ganho e o Boi 7-7-7. “É difícil expressar a alegria de ver tantos pecuaristas em busca de tecnologia, como a TIP. Para quem nunca adotou, meu conselho é: comece aos poucos, vá aprendendo. A possibilidade de incremento de produtividade é muito grande”, disse Dutra. Veja a seguir algumas das “lições” aprendidas nestes 20 anos de uso da técnica: