O gigante asiático levou 52% dos embarques recordes de carne, mas pagou 25% menos.
Por Denis Cardoso
Num 2023 que começou marcado pelo registro de um novo caso atípico de “mal da vaca louca” (encefalopatia espongiforme bovina – EEB) no Brasil (surgido no Pará, em fevereiro), o setor de exportação de carne bovina in natura não decepcionou. Os embarques registraram um novo recorde anual, alcançando 2,291 milhões de toneladas (entre carne in natura, industrializada, miúdos, salgadas e tripas), superando em 1,2% o patamar histórico do ano anterior, de 2,264 milhões de toneladas, segundo dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes).
Em receita, porém, considerando a mesma base de comparação, as vendas externas da commodity recuaram 18,7%, para US$ 10,549 bilhões, US$ 2,423 bilhões menos do que o montante recorde de 2022 (US$ 12,972 bilhões). Mesmo assim, o faturamento do ano passado foi o segundo maior já registrado na história, superando em quase 10% o valor médio dos últimos cinco anos (US$ 9,779 bilhões).