Em entrevista Ingo Plöger, vice-presidente da Abag, fala da importância do mercado de crédito de carbono para o Brasil
Por Moacir José
Ingo Plöger é vice-presidente da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), entidade criada em março de 1993 e que conta atualmente com 75 associadas, entre elas grandes empresas agropecuárias, cooperativas, frigoríficos, fabricantes de insumos, máquinas e implementos, pesquisa (Embrapa), bancos, empresas financeiras e advocatícias, entre outros. É uma das grandes referências do setor, sobretudo para o Exterior.
Natural de São Paulo, capital, terceira geração de família alemã, Plöger formou-se engenheiro mecânico pela Universidade de Darmstadt e pós-graduou-se em Economia pela Universidade de Munique, ambas na Alemanha, onde trabalhou, depois, na área de criatividade e inovação, cenários e avaliação de tecnologias.
No Brasil, foi diretor-superintendente, de 1992 a 1998, da Cia Melhoramentos de São Paulo, de cujo conselho de administração é membro até hoje. Entre 2004 e 2005 foi diretor de investimentos da Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Um ano antes (2003), fundou sua própria empresa ‒ a IPDES, de aconselhamento a investidores e instituições, da qual é presidente. Por intermédio dela é que, em 2006, passou a fazer parte da Abag. Desde 2020 é coordenador do Comitê de Relações Internacionais da entidade, cuja vice-presidência assumiu em 2022.
Nessa condição, acompanha e atua nos principais assuntos que dizem respeito ao Brasil no Exterior, como, por exemplo, as discussões sobre o Acordo UE-Mercosul e os impactos do Pacto Verde Europeu (Green Deal), que pretende dar a 27 países do Velho Continente a condição de neutros em emissão de gases de efeito estufa (GEEs) até 2050. Na esteira desse pacto é que os europeus aprovaram uma norma para barrar a importação de produtos que tenham origem em áreas desmatadas ao redor do mundo.
Nesta entrevista ao jornalista Moacir José, editor deste Anuário, ele fala sobre esse assunto e outros caros à Abag, como a COP-28 ‒ a conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas ‒, ocorrida em Dubai, nos Emirados Árabes, em novembro último; mercado de carbono e a aprovação da Reforma Tributária, em dezembro.