Bioma deve manter tendência em 2024; Cerrado e Pantanal fazem caminho inverso.
Por Larissa Vieira
O desmatamento na Amazônia Legal encolheu 22% no período de 1º de agosto de 2022 a 31 de julho de 2023 e puxou para baixo o total contabilizado pelo País, que inclui o bioma Cerrado, o segundo mais importante, que registrou ligeira elevação, de 3%. Os outros quatro – Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal – voltarão a ser contabilizados a partir deste ano.
Na soma dos dois biomas, a área com vegetação suprimida caiu 10%: de 22.282 km² para 20.012 km². Os dados são do Programa de Monitoramento da Amazônia e demais Biomas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. No período, os nove Estados brasileiros da região Norte que compõem o bioma Amazônia desflorestaram 9.001 km² de vegetação, ante 11.594 km² no mesmo período de 2021-2022.
Segundo Cláudio Almeida, coordenador do programa do INPE, quando analisados os dados do Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real) entre janeiro e dezembro de 2023, nota-se que a queda é ainda mais pronunciada: 50%. Ou seja, a redução deverá continuar no período 2023-2024.