Os preços do milho continuam em alta no mercado brasileiro, influenciados sobretudo pelo aquecimento na demanda interna, informam os analistas da Agrifatto.
Na praça de Campinas, o indicador Cepea do milho abriu a semana valendo R$ 69,76/saca, uma alta de 2,88% em relação à última segunda-feira (14/10) e valorização de 8,5% na comparação com o preço de um mês atrás.
“O mercado físico mantém viés de alta, com a retração dos vendedores e a necessidade da demanda ditando os preços”, relata a Agrifatto.
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Além disso, os agentes do mercado seguem de olho no andamento do plantio da safra de soja 2024/2025 no Brasil.
Em algumas regiões – especialmente em Mato Grosso –, a escassez de chuvas andou atrasando a semeadura da soja, o que, por tabela, pode reduzir a janela de plantio da segunda safra de milho.
Portanto, a possibilidade de uma queda na oferta de milho em 2025 ajuda a manter os preços do cereal em alta neste momento, dizem os analistas.
Segundo levantamento da Agrifatto, os preços físicos e futuros estão retornando aos níveis observados em janeiro/24.
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Entre 11/10 e 18/10, o contrato futuro do milho com vencimento em novembro/24 avançou 1,09%, fechando o pregão da B3 cotado a R$ 69,25/saca, informa a Agrifatto.
Considerando essa mesma base de comparação, o contrato do grão para janeiro/25 ficou praticamente estabilizado (variou +0,04%), encerrando a última sexta-feira em R$ 71,82/saca, acrescenta a consultoria.
Nos EUA, milho cai
Na bolsa de Chicago (CBOT), os futuros de milho recuaram ao longo da última semana, relata a Agrifatto.
Entre 11 e 18/10, o contrato para dezembro/24 sofreu queda de 2,65%, terminando a sessão da sexta-feira cotado a US$ 4,05/bul, destaca a Agrifatto.
Já o papel com vencimento em março/25 teve desvalorização de 3,23% no período mencionado, finalizando a última sessão da semana precificado a US$ 4,19/bu.
“Em linha com a sazonalidade de baixa dos preços em Chicago neste período do ano, devido à entrada da safra norte-americana, os futuros de milho seguiram pressionados”, reforça a Agrifatto.
Safra gigante em território norte-americano
No relatório de 11/10, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou a produção de milho norte-americano em 386,18 milhões de toneladas, a segunda maior safra da história no país, o que intensificou a pressão sobre as cotações, acrescenta a Agrifatto.