Toledo, Castro, Cascavel, Arapoti, Nova Aurora, Guarapuava, Tibagi, São Mateus do Sul e Cerro Azul lideraram, em 2022, a produção do Brasil de pelo menos 12 produtos agropecuários, aponta levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base na Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta semana.
Segundo a pasta, o Estado mantém a liderança na produção animal, mas a estiagem que comprometeu a safra de 2021/22 acabou influenciando na produção agrícola.
“Mesmo com o ano de 2022 sendo difícil para a agricultura paranaense, devido à severa estiagem, os municípios do Estado lideram o ranking nacional da receita gerada por diversos produtos primários, o que ressalta a capacidade de enfrentamento de dificuldades pelos agricultores do Paraná”, afirmou na nota o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.
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Por município, Toledo lidera a produção de suínos do País, com um plantel de 908,8 mil porcos no ano passado. O Paraná é o segundo maior produtor nacional, com mais de 7 milhões de cabeças. Já o primeiro lugar na criação de galináceos ficou com Cascavel, também no oeste paranaense. O plantel municipal é de 21 milhões de aves.
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Cianorte, no noroeste do Paraná, detinha, em 2022, 13,8 milhões de cabeças, figurando em quarto lugar no ranking nacional de municípios do IBGE. Além disso, o Paraná concentra o maior plantel brasileiro de aves de criação.
No caso da produção de pescados, esta é liderada por Nova Aurora, que produziu 24,4 mil toneladas de peixe em 2022, seguida por Palotina, com 15 mil toneladas. “Em ascensão no País, a produção nacional de peixes atingiu novo recorde de 617,3 mil toneladas e valor de produção de R$ 5,7 bilhões. O Paraná, maior produtor de peixes, respondeu por 27,1% da produção nacional e por 75,7% da Região Sul”, diz a nota.
Na produção de leite, lideram o ranking nacional dois municípios paranaenses que ficam nos Campos Gerais: Castro, com 426,6 milhões de litros captados em 2022, e Carambeí, com 255,6 milhões de litros.
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No cenário nacional, o Estado é o segundo maior produtor, com 11 bilhões de litros tirados, atrás apenas de Minas Gerais, que chegou a 22,9 bilhões de litros. Em todo o Brasil, a produção de leite somou 80 bilhões de litros no ano passado.
Outras duas cidades estão no pódio da produção de mel de abelha. Arapoti, no Norte Pioneiro, está em primeiro lugar, com 991,7 toneladas produzidas no ano passado. Em segundo está Ortigueira, nos Campos Gerais, com 825 toneladas.
Apesar de estar atrás do Rio Grande do Sul em volume, o Paraná lidera o ranking nacional em relação valor da produção do mel de abelha, que somou R$ 139 milhões.
A Secretaria de Agricultura comenta também que, assim como na pecuária, os municípios paranaenses se destacam na agricultura e fazem com que o Estado lidere a produção nacional de cevada, feijão, mandioca e erva-mate, além de culturas como o triticale e o centeio.
Guarapuava, no centro do Paraná, liderou o cultivo de três culturas no País: cevada, centeio e triticale. Foram 204,8 mil toneladas de cevada colhidas na cidade em 2022, quase dois terços da produção estadual, de 360,3 mil toneladas. O volume do Estado representa 69% de toda a produção nacional, que chegou a quase 522 mil toneladas.
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Já o cultivo de trigo no País é liderado por Tibagi, nos Campos Gerais, que colheu 138,4 mil toneladas do grão em 2022, atingindo um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 216,4 milhões. O Paraná é o segundo maior produtor nacional, de trigo e colheu 3,6 milhões de toneladas, sendo que o valor da produção foi de R$ 5,6 bilhões.
São Mateus do Sul, no Centro-Sul do Estado, se destaca na produção de erva-mate, produto em que o Paraná também mantém a dianteira nacional. Foram 67,7 mil toneladas da planta produzidas em São Mateus e 316,6 mil em todo o Paraná. O Estado detém mais da metade da produção brasileira, que chegou a 618,6 mil toneladas em 2022.
Por fim, Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba, é o maior produtor nacional de tangerina e colheu 124,6 mil toneladas da fruta no ano passado, chegando a um VBP de R$ 134 milhões. A produção na cidade representa 81% do volume colhido em todo o Estado, que foi de 153,7 mil toneladas. No Brasil, o cultivo de tangerina alcançou ultrapassou 1 milhão de toneladas.