A data, em todo o mundo se comemora no dia 13 de setembro. No Brasil, por conta da data de regulamentação da profissão, ela ocorre em 12 de outubro. Mas os dias de celebração ao trabalho desses profissionais ainda parecem poucos, frente aos avanços tecnológicos, principalmente nos trópicos. E aí, o Brasil é protagonista.
Em levantamento de 2020, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) estima quase 180 mil agrônomos formados, no País, sendo 120 mil deles registrados no órgão.
As mulheres são em 23 mil e a categoria está em presente em todas as unidades da federação. Atualmente, a profissão é muito popular, graças à pujança do agronegócio nacional.
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Quem salienta é Sérgio Luís Bortolozzo, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB). Ele informa que “são inúmeras as contribuições da categoria ao Brasil, mas que não dá para falar delas e da Agronomia, apenas por elas mesmas e pesquisas, sem lembrar do nosso saudoso Alysson Paolinelli”.
E reforça: “Ele revolucionou a agricultura brasileira e popularizou a própria profissão, levando inovação e ciência ao campo, na prática de ofício. Foi por meio da Agronomia é que conseguimos fazer a agricultura de sucesso nos trópicos. Destaco o plantio direto, mesmo com os seus 50 anos de idade, continua sendo uma prática revolucionária e sustentável”.
Outra celebridade que contempla o engenheiro agrônomo é um companheiro servidor público, político e professor universitário. Trata-se de Luís Fernando Cirne Lima, ministro da Agricultura do governo Emílio Garrastazu Médici, entre 30 de outubro de 1969 a 9 de maio de 1973.
Da sua assinatura, simplesmente, nasceu a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), primordial na revolução verde brasileira.
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OUÇA os depoimentos de Luís Fernando Cirne Lima
Assim como em outras profissões da agropecuária, as contribuições, em sua maior parte, estão na lida diária. Mas não se pode ignorar o desempenho dos agrônomos no desenvolvimento da ciência, no dedicado trabalho de extensão rural, nos bancos de universidades e escolas técnicas, além de militância política e carreiras empresariais.
Um dos grandes nomes da Agronomia no que diz respeito ao empreendedorismo é o de Fernando Penteado Cardoso, formado pela Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” ) na turma de 1936 e criador da Manah Fertilizantes, empresa que presidiu por mais de 50 anos, antes de ser adquirida pela Bunge, em 2000.
Quem não se lembra do slogan “com Manah, adubando dá”. Apesar de iniciativa comercial, a ação permitiu ao homem do campo entender que a terra é parceira e só precisa de uma devolutiva correta para prosperar, no caso, a adubação. Cardoso, então, conscientizou boa parte da agropecuária de sucesso que “o que se tira da terra é preciso devolver”. Trata-se da tão ambicionada sustentabilidade.
Do Grupo Matsuda vem o depoimento de Marcelo Ronaldo Villa, responsável pelo Departamento Técnico de Sementes.
De forma bem didática, ele enfileira a rotina dos engenheiros agrônomos, salientando que além da “disponibilização das tecnologias é preciso levá-las com aplicação adequada para que deem resultado nas fazendas”.
OUÇA os depoimentos de Marcelo Ronaldo Villa
E esses resultados só acontecem por meio de uma parceria bastante afinada entre técnico e produtor. Essa é a aposta também da Mosaic Fertilizantes, conforme leitura de Mariana Moreau, agrônoma sênior da empresa e uma bem-sucedida representante feminina.
Para ela, trata-se de uma relação comercial onde só há um caminho possível: “a crescente produtividade, comum”.
OUÇA os depoimentos de Mariana Moreau
Desafios do futuro ainda são os mesmos – Alguns poderão estranhar a posição de Cirne Lima quanto às exigências por sustentabilidade na produção agropecuária, ainda mais diante das mudanças climáticas. O ex-ministro entende que o agrônomo sempre pregou a atividade sustentável, “pois sem essa postura nunca houve nem haverá exploração longeva das coisas do campo”.
E há uma unidade mesmo considerando a iniciativa privada, conforme Ronaldo Villa destaca. Talvez, o pensamento de “produzir sempre mais com cada vez menos recursos” seja uma necessidade ainda mais premente. “A alta produtividade com o equilíbrio de recursos é o segredo da produção rural brasileira”, afirma.
Por outro lado, Mariana Moureau chama a atenção para algo importante em qualquer profissão que é a contante formação e atualização. As inovações e aprimoramentos tecnológicos são constantes. “O conhecimento e suas novas informações se sobrepõem, o que requer estar antenado e reservar espaços diários para melhorar cada vez mais”, ratifica.
O presidente da SRB, Bortolozzo, conclui afunilando as opiniões. Para ele, os desafios da profissão estão mais ligados ao planejamento. “As mudanças climáticas e a volatilidade do mercado exige destes profissionais estratégias para plantio. Precisam estar mais conectados com as tecnologias, estudar os dados da lavoura, do solo e juntar com o cenário de mercado, porque além de produtividade, o produtor precisa de rentabilidade. No campo das políticas públicas, um Plano Safra por quinquênio, por exemplo, vai dar mais previsibilidade para o agrônomo e para o produtor no planejamento de safra”.
Concluindo com os pilares da agronomia brasileira – Por quem de direito, Cirne Lima, um também acadêmico renomado e formador de profissionais, vem à lembrança de homens importantes, verdadeiros alicerces da agronomia do , em seus primórdios, e outros bases do sucesso atual.
Por ele, há uma máxima filosófica que diz: “quem não conhece sua história, não sabe quem é e está alheio ao próprio futuro”.
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