Quem nunca ouviu falar que “do boi, até o berro aproveita”. Na verdade, há 10.000 anos, ele mudou a vida humana com seu leite, carne e força (tração).
No Brasil, apesar de não ser natural nas Américas, pelas mãos dos colonizadores e gerações, desde então, ajudou a desbravar o interior do país, independente dos erros e acertos impostos pelo homem.
Certo é que sua parceria com as pessoas do campo, colocou carne no prato nos lares brasileiros, abriu a indústria nacional para cosméticos e seu couro e, ainda deu à nação, atualmente, a condição de principal exportador mundial de proteína vermelha.
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Em 2022, o Brasil produziu 7,9 milhões de toneladas de carne bovina equivalente carcaça, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Desse total, 5,2 milhões ficaram no mercado interno e 2,8 milhões foram exportados, rendendo US$ 13 bilhões (R$ 65 bilhões no câmbio atual).
No produto interno bruto (PIB) brasileiro, a atividade responde, em média, por 10% anuais. Os bovinos mantém empregadas milhões de pessoas e continuam cativando todos aqueles a sua volta deles.
Para Antônio Rezende, do Grupo Rezende, pecuarista comercial e selecionador de Nelore, trata-se de uma verdadeira “paixão”.
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Esse sentimento é compartilhado por profissionais que trabalham na bovinocultura. Ao lado de acadêmicos e pesquisadores, eles são responsáveis pela aplicação de boa parte das novas tecnologias que incrementaram a produtividade do negócio, nas últimas décadas.
Alexandre Zadra, zootenista e consultor em genética bovina há 30 anos é um deles.

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Contudo, como nem tudo são flores, a bovinocultura de corte passa por maus momentos, em termos de remuneração, por exemplo, diante de uma conjuntura de custos de produção altos.
O problema é cíclico na atividade, mas, na avaliação de Nabih Amin El Aouar, selecionador de Nelore e pecuarista comercial, em Carlos Chagas (MG), além de presidente da associação brasileira da raça, é preciso continuar a investir, pois “dias melhores virão, em breve”.
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Desafios mais estruturais também estão pela frente. Cada dia mais, o consumidor interno e, principalmente, externo, pede sustentabilidade na criação de bovinos e seu bem-estar, enquanto seres “primordiais na existência humana”.
Pecuaristas, técnicos e empresários prestadores de serviço na atividade, como Lourenço Miguel Campo, diretor da Central Leilões, alertam.
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