Faleceu nesta quinta-feira, 16 de maio, em São Paulo, capital, vítima de leucemia e nos deixa aos 71. Deixa a esposa Rosângela Fava Della Libera e os filhos Carlos Filho e Juliana. O velório acontecerá em São Paulo, na Igreja Nossa Senhora do Brasil, entre 10 e 16 horas, com missa de corpo presente às 15 horas.
Carlos Roberto tinha a Fazenda Paraná, na Serra do Roncador, interior do Mato Grosso. A propriedade foi adquirida em 1995. Lá criava bovinos, equinos, muares e porcos caipira, de onde desenvolveu até marca própria de carne. Além disso, colhia madeira plantada e produzia mel, o “Casa Roncador”.
Aliás, o produto da apicultura que rompeu fronteiras e chegou até a Suíça, foi fruto do olhar atento às respostas da natureza. Ele plantara árvores de acácias e, com seu desenvolvimento, as abelhas foram atraídas, levantando seu apiário. As plantas eram para oferecer sombra aos animais e madeira, introduzindo assim na propriedade o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
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Passou a poupar mais as árvores e diversificar a produção com mel. Nos equinos e muares era conhecido por fornecer as famosas “mulas de patrão”. Os animais eram mantidos em liberdade, com seus respectivos “amadrinhamentos”, apresentando-se ao trabalho apenas quando requisitados.
Como bovinocultor, Carlos Roberto foi um dos introdutores da raça espanhola Rúbia Galega, tendo trabalhado com confinamento, além de fornecer a carne produzida a uma aliança mercadológica, cujo ponto final de venda era a rede Pão de Açúcar.
Pela família – Teia Fava, sua cunhada, é quem define alguns dos traços marcantes de Carlos Roberto, engenheiro de profissão, mas nascido em fazenda, em Dracena (SP), de onde saiu aos 11 anos para estudar e ganhar o mundo.
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“Ele não recebia as pessoas. Ele as presenteava com os cenários da fazenda e as brindava com seus aprendizados”, conclui Teia.
OUÇA o depoimento de Teia Fava