Lula e Fávaro visitam planta frigorífica recém-habilitada para exportação de carne bovina para China

O estabelecimento faz parte dos 38 que foram habilitados pelo mercado chinês no último dia 12 de março

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Nesta sexta-feira (12), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, visitaram, em Mato Grosso do Sul, uma das plantas frigoríficas recém-habilitadas para exportação de carne brasileira para a China e, também, acompanharam o primeiro embarque do produto para o país asiático.

O estabelecimento faz parte dos 38 que foram habilitados pelo mercado chinês no último dia 12 de março, o maior número de autorizações concedidas de uma só vez na história.

Com o anúncio, o número de empresas habilitadas no Brasil aumentou de 106 para 144, proporcionando uma grande ampliação das oportunidades de comércio bilateral.

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Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, ao lado do presidente Lula e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

“É uma alegria estar de volta ao Mato Grosso do Sul para participarmos do primeiro lote de proteína animal a ser enviado a China de uma das plantas frigoríficas habilitadas. É uma homenagem ao país chinês a gente entregar carnes de qualidade, abrindo novos mercados e gerando empregos no Brasil”, destacou o presidente Lula. “E quanto mais qualidade a gente tiver, mais vamos exportar. É importante que a gente tenha noção que esse país merece a chance de crescer”, completou reforçando o potencial do Brasil em ampliar seus negócios no exterior.

A expectativa é que as novas habilitações gerem um incremento de cerca de R$ 10 bilhões na balança comercial brasileira, ao longo de um ano, prevê o Ministério da Agricultura.

De acordo com o Mapa, o cálculo de incremento na receita das exportações leva em consideração o faturamento de uma planta de médio porte que exporta para a China, em torno de R$ 300 milhões anuais.

O ministro Fávaro explicou a importância de abrir novas possibilidades de mercado no exterior. “As pessoas talvez não compreendam o que é abertura de mercado. Abrir mercado é gerar oportunidade, é construir acordos com os países para que a gente possa comprar e vender bilateralmente. Isso gera empregos aqui dentro e alavanca a economia”.

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Também foi pontuado por Fávaro a retomada brasileira das relações com grandes parceiros comerciais e a qualidade dos produtos. “Destaco aqui o grande trabalho do presidente Lula de estabelecer as conexões, além de todo o trabalho fundamental das relações exteriores. Ainda, é muito importante o trabalho sanitário que fazemos aqui. Ninguém tem alimento de qualidade igual o Brasil tem”.

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O presidente Global da JBS, empresa da planta visitada, Gilberto Tomazoni, revelou o impacto da habilitação da fábrica para exportação para a China. “Com as novas habilitações, o país asiático adquire carne de qualidade e o Brasil adquire mais oportunidade de emprego para a região sul mato-grossense. Hoje anunciamos aqui que vamos dobrar a produção e os empregos dessa unidade. Nós vamos aumentar em 2.300 novos postos de trabalho somente nesta unidade. Serão 4.600 colaboradores somente aqui. O Brasil é mais uma vez a bola da vez. Estamos muito otimistas com o Brasil”, disse.

De acordo com a empresa, a unidade vai se tornar a maior planta de carne bovina de toda a América Latina e uma das três maiores da JBS no mundo. Segundo comunicado à imprensa, a companhia vai investir R$ 150 milhões para permitir que, daqui um ano, o volume processado diariamente na fábrica em Campo Grande passe de 2.200 para 4.400 animais.

Construída em 2007 e adquirida pela JBS em 2010, a unidade produz, todos os dias, 440 toneladas de carne e 136 toneladas de hambúrgueres (ou 2,4 milhões de unidades). Além da China, a fábrica pode exportar para Estados Unidos, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Argentina, União Europeia e Chile, entre outros, informa a empresa.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, enfatizou o retorno econômico trazido ao conquistar novos mercados e habilitar frigoríficos para os países parceiros. “Os bovinos, suínos e aves trouxeram para o Brasil nos últimos 20 anos R$ 1.200 bilhões. Nós conseguimos ser o maior exportador de aves e bois e o quarto maior em suínos. O mundo olha para o Brasil ganhando garantia de sustentabilidade e acima de tudo comida boa e de qualidade”, destacou.

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Antes desta nova lista de habilitações, o Brasil tinha 106 plantas autorizadas para operar na China, entre as habilitadas para proteínas de aves, bovinos e suínos. O Mato Grosso do Sul tinha apenas três frigoríficos habilitados para exportar carne bovina para os chineses; agora, conta com sete.

O estado foi o que mais se beneficiou das novas habilitações entre todas as Unidades da Federação. Antes, os frigoríficos de bovinos de Mato Grosso do Sul tinham potencial de exportar para a China um volume equivalente a no máximo 467 mil cabeças de gado por ano. Agora, são 2,3 milhões, acréscimo de mais de 1,8 milhão de cabeças.

Fonte: Ascom Mapa e JBS

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