Em 2021, os pecuaristas do Mato Grosso devem confinar 837.770 cabeças, segundo o terceiro levantamento das intenções de confinamento realizado em outubro/21 pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O volume estimado representa queda de 5,32% ante o levantamento realizado em julho/21 (884.867 bovinos), mas avanço de 1,84% sobre a quantidade de animais confinados em 2020 (822.633 cabeças).
É a primeira vez que os dados recolhidos na pesquisa de outubro ficam abaixo da quantidade prevista no levantamento de julho, informa o Imea.
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Essa queda, segundo o instituto, deve-se ao embargo às exportações de carne bovina à China, após a confirmação de dois casos atípicos de vaca louca no Brasil – um deles no Mato Grosso (e outro em Minas Gerais).
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Tradicionalmente, boa parte do gado mato-grossense que é terminado no cocho tem como destino o mercado da China.
Segundo os analistas do Imea, diferentemente do cenário satisfatório que o mercado vivenciava em meados de 2021, o último trimestre deste ano foi marcado por tensões quanto à precificação da arroba, que, em outubro, recuou 10,47% sobre setembro.
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Tal fato, diz o instituto, “desanimou parte dos pecuaristas e levou muitos deles ao prejuízo por cabeça de bovinos negociado”. Diante disso, continua o Imea, “parte dos confinadores buscaram alternativas para se esquivar da situação e tentar gerar um menor prejuízo possível”.
Dentre as alternativas, “alguns pecuaristas decidiram remanejar os animais para o pasto, principalmente do rebanho que seria designado para o terceiro giro de confinamento”.
“Nesse sentido, a entrega dos animais que iria ocorrer com mais força em outubro, agora passou a ser estimado para dezembro/21, pois a engorda no pasto leva um pouco mais de tempo para terminar o animal”, relata o Imea.