Os preços pagos ao produtor paulista registraram leve alta de 0,71% na terceira semana de abril, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Segundo os pesquisadores, o reajuste “comprova que os aumentos estão desacelerando e caminham para a estabilização”.
Dez produtos apresentaram altas de preços no período, com destaques para: tomate para mesa (25,14%), carne de frango (11,22%), ovos (4,51%) e carne suína (3,81%). Já entre os produtos que mais reduziram seus preços estão: feijão (29,24%), batata (22,4%) e café (2,93%).
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Com isso, houve queda de 1,13% no índice de preços recebidos pelo setor vegetal e alta de 4,8% entre os preços pagos por produtos de origem animal. Enquanto o clima quente e chuvoso gerou perdas entre os produtores de tomates, elevado os preços do fruto, as exportações de carne de frango e suína reduziram a oferta de proteína animal no país.
No caso do feijão, o IEA destaca que a forte desvalorização da leguminosa tem deixado os produtores aflitos. “Às vésperas da 2ª safra do Centro-Sul e com baixos níveis de negociações, a cadeia do feijão segue apreensiva com as possibilidades de quedas maiores nos preços com o aumento dos volumes que entrarão no mercado no início de maio”, aponta o instituto em nota.
Em relação ao café, os pesquisadores do IEA ressaltam que o preço do grão tem acompanhado as oscilações do mercado internacional. ” Com a subida do dólar desde a primeira metade de 2018, especuladores, principalmente da Bolsa de Nova York, têm forçado para baixo a cotação do produto em moeda estrangeira com o intuito de absorverem para seus cofres a diferença em reais que a desvalorização cambial traria para os produtores brasileiros”, explica o instituto.
Do conjunto analisado, 10 produtos apresentaram alta de preços (5 de origem vegetal e 5 de animal) e 9 tiveram queda (todos de origem vegetal).