“Há espaço na margem da indústria para renovar as máximas do boi gordo no ano”, diz Agrifatto

Na avaliação da consultoria, as negociações atuais envolvendo a venda de carne bovina à China abrem caminho para novas valorizações da arroba no curto prazo

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A oferta enxuta de animais mantidos a pasto, a recuperação parcial na demanda doméstica e o bom ritmo das exportações de carne bovina têm sustentado o movimento de alta no mercado brasileiro do boi gordo.

Além destes três principais fatores, um fato novo favorece o pecuarista que tem boiadas para negociar: as recentes valorizações nos preços da carne bovina exportada ao mercado chinês têm favorecido as margens das indústrias brasileiras que compram e negociam o “boi-China”, animal abatido mais jovem, com idade até 30 meses de idade.

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Tal condição, acreditam os analistas da Agrifatto, ajuda a abrir caminho para novos aumentos nos preços pagos aos pecuaristas brasileiros.

No começo de setembro/24, o preço do dianteiro brasileiro desossado exportado à China atingiu o maior nível desde abril/23, chegando a um valor médio de R$ 26,16/kg, informa a Agrifatto.

Segundo a consultoria, para se ter uma ideia da atratividade do negócio de exportação (e da margem que ele está entregando aos frigoríficos) basta comparar a conjuntura atual (nesta parcial de setembro) do mercado comprador chinês com o comportamento visto nos primeiros meses deste ano.

Em abril/23, a indústria frigorífica brasileira vendeu o dianteiro para os chineses com um faturamento de R$ 26,83/kg, em média. No entanto, o custo da matéria-prima (boi gordo) era bem maior naquele momento: o Indicador Cepea/B3 da época girava em R$ 275-285/@.

“Ou seja, hoje, a indústria está conseguindo ganhar em reais a mesma coisa que faturava em abril/23 na venda de carne bovina para os chineses, mas está pagando menos pela matéria-prima”, comparam os analistas da Agrifatto, referindo-se ao boi gordo de hoje, negociado por um valor aproximado de R$ 260/@ em São Paulo.

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Ao se avaliar por essa ótica, continua a consultoria, “é plausível afirmar que há espaço para que a indústria consiga, sim, pagar mais caro pelo boi gordo paulista e ainda assim auferir uma boa lucratividade”.

“Se vamos chegar aos R$ 280/@ já nas próximas semanas é difícil afirmar, mas há espaço para novas altas baseado nos preços de venda do dianteiro”, reforça a Agrifatto, sugerindo uma possível meta a ser almejada pelos pecuaristas brasileiros.

Motivações chinesas

O maior apetite dos importadores chineses pela carne bovina do Brasil deve-se sobretudo a dois fatores: a valorização da proteína suína e o fim das quedas da proteína bovina no mercado atacadista chinês, justifica a Agrifatto.

Desde que atingiu a mínima em abril/24, a carne suína na China subiu 29,12% e atingiu em agosto/24 o preço de ¥ 31,39/kg, o maior patamar dos últimos 20 meses, relata a consultoria.

Por sua vez, em agosto/24, a carne bovina avançou no mercado chinês (alta de 0,63%), depois de recuar por 10 meses consecutivos.

“Os importadores já observaram esse movimento e vieram atrás da carne bovina brasileira para garantir o abastecimento para o fim do ano”, diz a Agrifatto.

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última segunda-feira (16/9):

São Paulo — O “boi comum” vale R$255,00 a arroba. O “boi China”, R$260,00. Média de R$257,50. Vaca a R$230,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abates de dez dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$247,50. Vaca a R$225,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de seis dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$265,00 a arroba. O “boi China”,R$265,00. Média de R$265,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de seis dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de sete dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$235,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de seis dias;

Pará — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$235,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de sete dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$245,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$250,00. Média de R$247,50. Vaca a R$225,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de sete dias;

Rondônia — O boi vale R$215,00 a arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias; Maranhão — O boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de sete dias;

Paraná — O boi vale R$260,00 por arroba. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de cinco dias.

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