Experimento conduzido pela UFMT, no período de transição da seca para as águas, mostra que melhor resultado é obtido com ganho de até 700 g/cab/dia
Por Moacir José
Em função da baixa disponibilidade de pasto na seca, muitas fazendas decidem fazer confinamento de recria – mais conhecido como “sequestro” – para acelerar o desenvolvimento dos animais, mas aí surge a pergunta: como evitar ganho de peso excessivo, já que os animais terão de voltar ao pasto no período chuvoso seguinte? Essa tem sido a preocupação de muitos pecuaristas adeptos da estratégia, cuja adoção tem crescido no País.
Buscando soluções para o problema pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) fizeram o estudo “Estratégias nutricionais para recria de bovinos Angus/Nelore confinados no período de seca e suplementados a pasto no período de chuvas”.
O trabalho foi conduzido nas instalações da UFMT, com um total de 48 animais, a partir do período de transição seca-águas (agosto a novembro de 2020) e retorno ao pasto no período chuvoso (meados de novembro/2020 a meados de abril/2021). Os bezerros (9 meses de idade) iniciaram o experimento com peso corporal médio de 214 kg e foram divididos em dois lotes de 24 animais cada.
No retorno ao pasto, foram subdivididos em quatro grupos. O maior peso final foi atingido pelo lote que recebeu o plano nutricional “crescente” ‒ ou seja, dimensionado para ganho de peso de até 1,1 kg /cab/dia no confinamento de recria, mesmo desempenho obtido na volta ao pasto, quando foram suplementados com proteico-energético na proporção de 0,5% de seu peso vivo.