Com os pecuaristas diminuindo a oferta e as escalas de abates reduzidas, as indústrias frigoríficas seguem pagando mais pela arroba do boi gordo, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário brasileiro.
Nas praças paulistas, na comparação feita dia a dia, a cotação do boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) e do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses e com prêmio-exportação) subiram R$ 5/@, para R$ 215/@ e R$ 220/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), segundo apuração da Scot Consultoria.
A arroba da novilha também avançou R$ 5 no Estado de São Paulo, sendo negociada em R$ 205, e a cotação da arroba da vaca ficou estável, em R$ 190 (preços brutos e a prazo), acrescenta a Scot.
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Na B3, na segunda-feira, os preços futuros tiveram movimentações positivas para todos os contratos deste ano, relata a consultoria Agrifatto.
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O vencimento para outubro/23, pico da entressafra, ficou precificado a R$ 234,65/@, com incremento de 3,9% na comparação com o pregão anterior.
Segundo os analistas da S&P Global Commodity Insights, a oferta de animais disponíveis para abate vem apresentando uma relação apertada frente à procura vigente.
“Mesmo diante de relatos de grandes dificuldades em escoar a produção de carne bovina, as indústrias frigoríficas permaneceram ativas nas compras de gado gordo”, observa a S&P Global.
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Entre os grandes frigoríficos do País, porém, a maior parte da oferta de boiada gorda é resultado de parcerias com grandes confinamentos e/ou boiteis próprios.
Porém, continua a S&P Global, as unidades com operações mais enxutas efetuam negócios no mercado do boi gordo com a necessidade em estender as suas escalas de abate de modo a garantir matéria-prima para as operações diárias.
“A toada do mercado apresenta fundamentos mínimos para manutenção dos atuais patamares dos preços da arroba, com viés de novas altas no curtíssimo prazo, já que há movimentos de represamentos dos animais remanescentes por parte de pecuaristas, que buscam melhores condições de preços”, aposta a S&P Global.
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Em Mato Grosso, responsável pelo maior rebanho de gado de corte do País, as unidades de abate apresentam avanço significativo em suas escalas de abate, com relatos de operações que já adentram a primeira semana de outubro, informa a S&P Global.
Tal conjuntura, continua a consultoria, é resultado de operações envolvendo parcerias com grandes confinamento e/ou utilização de gado próprio, fatores que podem limitar o cenário altista na arroba do boi mato-grossense.
Cotações máximas de machos e fêmeas na última terça-feira, 19/9
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
boi a R$ 219/@ (prazo)
vaca a R$ 199/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 215/@ (à vista)
vaca a R$ 182/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 187/@ (prazo)
vaca a R$ 163/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 180/@ (à vista)
vaca a R$ 163/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 175/@ (à vista)
vaca a R$ 161/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 187/@ (prazo)
vaca R$ 177/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 187/@ (prazo)
vaca a R$ 177/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 207/@ (à vista)
vaca a R$ 177/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 177/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 192/@ (prazo)
vaca a R$ 177/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 190/@ (à vista)
vaca a R$ 180/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 201/@ (à vista)
vaca a R$ 180/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 187/@ (prazo)
vaca a R$ 177/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 194/@ (prazo)
vaca a R$ 174/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 182/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 175/@ (à vista)
vaca a R$ 165/@ (à vista)
MA-Açailândia:
boi a R$ 190/@ (à vista)
vaca a R$ 175/@ (à vista)