O mercado brasileiro do boi gordo atravessou nove semanas consecutivas de valorização da arroba, impulsionando aumentos constantes nos preços da carne, tanto com ossos quanto sem ossos, recorda a Agrifatto.
Confira as cotações dos animais terminados apurados pela Agrifatto; clique AQUI.
No entanto, diz a consultoria, esse ciclo de alta da arroba do boi gordo inevitavelmente exigia um “freio de arrumação”. “Este momento chegou”, constatam os analistas da Agrifatto.
“O consumidor médio, com seu orçamento já esgotado, não conseguiu sustentar a escalada contínua dos preços da carne no varejo”, observam os especialistas da consultoria.
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Diante disso, no mercado físico, a maior pressão por parte dos compradores gerou um aumento na oferta de animais terminados a preços um pouco mais baixos.
Ainda assim, diz a Agrifatto, os frigoríficos, relutantes em fechar novos negócios, recusam as ofertas de boiadas gordas e, em muitos casos, planejam conceder férias coletivas aos funcionários, o que deverá pressionar ainda mais os preços do boi terminado.
“A situação é complexa e não há soluções simples à vista; resta aguardar para ver como o mercado se ajustará nos próximos dias”, recomendam os analistas da Agrifatto.
Em diversas regiões brasileiras, continua a consultoria, a decisão dos frigoríficos é praticamente unânime: manter as compras suspensas até o final da próxima semana para reavaliar o cenário.
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Apesar do baixo volume de negociações, nesta quinta-feira (28/11) e sexta-feira (29/11), os preços do boi gordo permaneceram inalterados nas 17 regiões monitoradas pela Agrifatto, enquanto as escalas de abate continuaram atendendo, em média, oito dias, na média nacional.
Hoje, sexta-feira, o preço nominal médio do boi gordo em São Paulo seguiu em R$ 355/@ (valor que vale tanto para o animal “comum” quanto o boi-China). Nas demais regiões monitoradas pela Agrifatto a arroba continua em R$ 320,90.
Corroborando com o enfraquecimento dos negócios no mercado físico, a B3 apresentou uma forte queda nos contratos futuros do boi gordo ao longo da sessão de quinta-feira (28/11).
O destaque ficou para o contrato com vencimento em dezembro/24, que encerrou o dia cotado a R$ 317,75/@, uma expressiva desvalorização de 5,74% em relação ao dia anterior.