Por Renato Villela
Mais sete Estados deixarão de vacinar contra a febre aftosa a partir do ano que vem. Pará, Maranhão, Rio de Janeiro, Sergipe, Bahia, Amapá e Roraima farão a última campanha em abril de 2024.
A decisão foi anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) durante reunião da Equipe Gestora Nacional (EGN) do Plano Estratégico do PNEFA (Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa), após os Estados serem aprovados no relatório o Quali-SV, programa que avalia a qualidade e desempenho dos serviços de defesa sanitária animal estaduais.
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Com a medida, os Estados se juntarão a Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Espírito Santo e Distrito Federal, que vacinaram seus animais pela última vez em novembro/23.
Permanecem vacinando todos os integrantes do Bloco III, composto pelos Estados nordestinos de Alagoas, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, com exceção do Maranhão. O Amazonas, pertencente ao Bloco I, também mantém a vacinação.
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A decisão traz alívio para os Estados que fazem divisa com o Pará, especialmente o Mato Grosso, cuja fronteira extensa exigiria a construção de muitos postos de fiscalização para impedir a entrada de animais vindos do território paraense, uma vez que ambos teriam status sanitário diferente.
Pelas normas em vigor, animais provenientes de áreas livres com vacinação não podem entrar em áreas livres sem vacinação, o que traria prejuízo ao comércio interestadual de animais.
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Com mais esse grupo que retira a obrigatoriedade da vacina, o Brasil se aproxima da meta estabelecida pelo PNEFA 2017-2026. A expectativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é que o País solicite o reconhecimento internacional de livre de aftosa sem vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em maio de 2025.