O novo levantamento do INDEX da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), divulgado nesta quarta-feira (21), destaca que as exportações de doses de sêmen cresceram 19% no primeiro semestre de 2024 em comparação a igual período de 2023. Além disso, a coleta de doses subiu 5%.
“Houve também aumento das importações, da ordem de 14%. Enquanto as vendas para cliente final se mantiveram no mesmo patamar do ano passado, tivemos boa comercialização para a pecuária leiteira, com salto de 5% nos primeiros seis meses do ano”, detalha, em nota, Cristiano Botelho, executivo da Asbia.
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As informações foram colhidas pelo Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea), parceiro da ASBIA na elaboração do INDEX, que se constitui em “valiosa ferramenta para entendimento de mercado e análise das melhores tomadas de decisão para que o setor siga em desenvolvimento”.
De acordo com a associação, as vendas de doses com aptidão para leite ao cliente final – sêmen entregue a criadores destinados ao melhoramento genético do rebanho – cresceram 5%, enquanto o sêmen com aptidão para corte teve queda de 3%, mantendo o mercado no mesmo patamar do primeiro semestre de 2023.
Em exportações, as doses com aptidão para corte saltaram de 200.383 para 257.122, crescimento significativo de 28,31% (o maior volume dos últimos seis anos em um primeiro semestre). Já as doses destinadas à pecuária leiteira saíram de 187.719 para 203.841 (+8,59%).
Importações crescem
As importações de doses de sêmen também cresceram, informa a Asbia. O sêmen com aptidão para corte foi de 715.472 no primeiro semestre de 2023 para 899.518 em 2024 – aumento de 25,71%. Já o material genético com destino à pecuária leiteira saiu de 1.633.097 em 2023 para 1.766.945 doses – sólido crescimento de 35,12%.
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No primeiro semestre, foram produzidas quase 500 mil doses a mais: 8.839.762 (2024) para 8.394.063 (2023).
“O mercado interno cresceu 7,1% contando produção e importação. Isso mostra a força da genética e como os pecuaristas têm olhado com carinho para o investimento nessa biotecnologia reprodutiva extremamente importante para o avanço da cadeia da carne e do leite. Do mesmo modo, a evolução das exportações sinaliza a valorização da genética brasileira”, detalha o executivo da Asbia.