As exportações brasileiras de soja em 2019 devem retornar ao patamar observado antes da guerra comercial entre EUA e China, de acordo com avaliação da consultoria FCStone. Em nota divulgada hoje, a empresa ressalta que a produção do grão na safra 2018/19, avaliada em 112,2 milhões de toneladas, não deve ser suficiente para comportar exportações acima de 68 milhões de toneladas diante dos estoques reduzidos após os embarques recordes de 2018.
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“Com essa produção menor, as exportações brasileiras devem voltar a níveis pré-guerra comercial, mesmo no cenário em que a taxação chinesa sobre a soja norte-americana continue em vigor”, explica a analista de mercado da consultoria, Ana Luiza Lodi. Num cenário de continuidade da guerra comercial, a consultoria avalia que o país terá dificuldades no atendimento do consumo doméstico para esmagamento diante da forte demanda internacional, sobretudo da China.
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Já no caso de avanço nas negociações entre as duas maiores economias do mundo, a FCStone acredita num volume de exportação acumulada este ano abaixo das 68 milhões de toneladas estimadas pela consultoria na última sexta-feira. Segundo a análise, “há preocupações com a demanda chinesa total por farelo de soja, diante dos surtos de gripe suína africana, além dos esforços feitos pelo país para diminuir a dependência da oleaginosa durante o período de guerra comercial”.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, as exportações brasileiras de soja em janeiro deste ano somaram 2,15 milhões de toneladas, um recorde para o período.
Fonte: Portal DBO