Explosão no valor da carne bovina nos EUA explica corrida pela proteína brasileira

Hoje, a carne bovina sem osso importada pelos norte-americanos vale 20% menos que o preço pago pelo mesmo produto produzido localmente

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Ao analisar melhor os preços atuais da carne bovina produzida e consumida nos EUA é possível entender com clareza os significativos avanços deste ano das remessas de proteína vermelha do Brasil (e de outros importantes países, como a Austrália) ao gigante mercado norte-americano.

Atualmente, segundo dados da Agrifatto, nos EUA, a carne bovina sem osso importada custa US$ 297,50/cwt, valor 20,67% menor que o pago no mesmo produto produzido internamente.

Trata-se da maior diferença dos últimos 109 meses. “Ou seja, está sendo vantajoso para o comerciante local importar carne bovina de países como Austrália (sem imposto) ou Brasil (pagando a sobretaxação atual de 26,4%), pois a carne (e o boi) norte-americana está bem mais cara”, ressalta a Agrifatto.

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A forte redução na produção norte-americana de carne bovina (e, consequentemente, queda nos estoques domésticos), depois da seca prolongada dos últimos anos, é a principal responsável pelo explosão nos preços locais da proteína.

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o total de carne bovina importada dos EUA em julho/24 foi o segundo maior da história, resultando em compras de 135,59 mil toneladas. Ficou atrás apenas do resultado registrado em janeiro/24.

No acumulado de janeiro a julho de 2024, as importações norte-americanas da proteína registraram expansão de 19,97%, atingindo 880,43 mil toneladas, ante 733,85 mil toneladas registradas em igual intervalo de 2023.

Força brasileira

Mesmo pagando uma tarifa de 26,4% sobre a carne exportada fora da cota estabelecida, o Brasil elevou em 35,14% os embarques aos EUA no acumulado dos primeiros sete meses deste ano, para 133,48 mil toneladas, versus o volume de 98,77 mil toneladas de mesmo período do ano passado.

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Somente em agosto/24, os norte-americanos compraram um total de 15,03 mil toneladas de carne bovina brasileira, 3,8% acima da quantidade de julho/24, e o sexto maior volume adquirido por eles em toda a história.

“Isso ocorre mesmo com toda essa carga chegando em território norte-americano antes da virada do ano”, destaca a Agrifatto.

Austrália ainda mais participativa

No entanto, o país que mais está conseguindo surfar nessa redução de oferta norte-americana (e consequentemente aumento de preço da carne produzida no país) é a Austrália, relata a Agrifatto.

No período até agosto/24, os australianos exportaram 177,92 mil toneladas da proteína ao mercado norte-americano, um avanço de 75,73% sobre o resultado obtido no mesmo período de 2023, de 101,25 mil toneladas.

A Austrália detém uma cota de exportação para os EUA (sem taxação de impostos) de 378,21 mil toneladas.

“Como os australianos estão conseguindo aumentar a produção, eles estão aproveitando este bom momento do mercado para embarcar maiores quantidades aos EUA”, reforça a Agrifatto.

Até o dia 09/09/24, a cota australiana já estava 57,10% preenchida (215,46 mil toneladas), “ou seja, ainda tem espaço para novas importações sem sobretaxação”, acrescenta a consultoria.

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